Os acessos aos portos e as estradas desestruturadas

Porto Velho se tornou um polo regional portuário por causa das exportações pela hidrovia do rio Madeira. Apesar da importância econômica dessa atividade, os acessos aos portos são problemas que se arrastam há décadas. A estrada do Belmont, que corta o bairro Nacional com diversas curvas sinuosas, é a mais importante fonte de receita. Por lá entra nada menos que 30% da receita do Estado por conta das empresas petrolíferas.

Depois de décadas de impasse entre Estado e município, o DER (Departamento Estadual de Estradas e Rodagens) assumiu o negócio e começou as obras de artes para o asfaltamento. Sem a desculpa de inverno, as máquinas estão espalhando pedras enormes que servirão de base para a via. Essa base super rígida é necessária para garantir a passagem dos pesados caminhões que circulam o ano todo.

Outra via importante para a economia local é a estrada da Penal (RO-005), que liga Porto Velho à região portuária de Porto Chuelo e Aliança, baixo rio Madeira. Sem espaço no Belmont, as grandes empresas de logística estão construindo novos portos nessa região, distante uns 30 quilômetros da capital.

O asfaltamento da Penal começou no início de 2018 e, quase dois anos depois, ainda tem amplo trecho no chão puro. Ou melhor, puro lama e buracos. O fluxo de grandes carretas com grãos e combustíveis é enorme nessa estrada. Como as obras estão paradas e sem manutenção na via, a rodagem pesada causou grandes buracos e lamaçais dificultante o acesso de todo tipo de veículo. Os danos causados deixam indignados os caminhoneiros, os donos de transportadoras e os moradores da região.

As obras de infraestrutura da Penal e da Belmont devem ser vistas como prioridade de governo já que são canais de exportação e importação.