Porto Velho/RO, 19 Março 2024 03:35:01

Editorial

coluna

Publicado: 27/01/2024 às 05h00min

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Uma jornada de sucesso no controle da dengue

Confira o editorial

Em meio à divulgação da lista dos municípios selecionados para receber a vacina contra a dengue, a notícia de que Porto Velho não está incluída pode ser vista sob uma perspectiva otimista. Embora a ausência da cidade na lista inicial possa gerar preocupações, uma análise mais aprofundada revela aspectos positivos e indicadores encorajadores em relação ao combate à dengue na capital rondoniense.

Isso porque os critérios do Ministério da Saúde para a seleção das cidades contemplam três pontos fundamentais: seu porte, a incidência elevada de casos da doença e a predominância do sorotipo DENV-2. Ao observar esses critérios de perto, é evidente que Porto Velho não se encaixa nos parâmetros específicos definidos pelo órgão federal.

O primeiro ponto a ser destacado é a significativa redução no número de casos de dengue na cidade. Conforme dados do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), de janeiro a dezembro de 2023, a capital de Rondônia teve 1.093 casos confirmados da doença. Essa cifra representa uma expressiva queda em comparação ao mesmo período de 2022, quando foram contabilizados 1.963 casos. Essa redução notável demonstra os esforços e eficácia das medidas adotadas para controlar a propagação da dengue na região.

Além disso, é relevante ressaltar que, em 2023, Porto Velho contabilizou apenas dois óbitos por dengue. Embora cada perda humana seja lamentável, a diminuição no número de óbitos é um indicador positivo do sucesso das ações implementadas no âmbito da saúde pública. Esse cenário contrasta com anos anteriores, evidenciando a eficácia das estratégias preventivas e do tratamento adequado dos casos diagnosticados.

Deve-se considerar também o contexto regional ao analisar a ausência de Porto Velho na lista de municípios contemplados com a vacina. Nenhuma cidade de Rondônia foi selecionada, mas municípios de outros estados da região Norte, como Acre, Roraima e Amazonas, receberão o imunizante. A decisão do Ministério da Saúde baseia-se na necessidade de estabelecer um público-alvo e priorizar regiões devido à capacidade limitada de fornecimento de doses pelo laboratório fabricante da vacina.

Olhando para o futuro, é encorajador saber que o Ministério da Saúde já contratou 9 milhões de doses da vacina contra a dengue para o ano de 2025. Isso sugere um compromisso contínuo com a prevenção e controle da doença, e abre a possibilidade de que Porto Velho seja contemplada em futuras etapas de distribuição.

Em síntese, embora a não inclusão de Porto Velho na lista inicial de municípios beneficiados com a vacina contra a dengue possa gerar apreensão, é imperativo reconhecer os avanços significativos alcançados na redução dos casos e óbitos na cidade. A trajetória positiva no enfrentamento da dengue demonstra a eficácia das estratégias locais, sinalizando um caminho promissor para a saúde pública na capital.


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