Porto Velho/RO, 25 Março 2024 15:30:05

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 04/09/2018 às 07h25min

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O ato de Hulot foi um ato de coragem

Amazônia doente? Um clima de desalento cercou a renúncia do estimado ministro francês da Ecologia, Nicolas Hulot. Incapaz de vencer os..

Amazônia doente?

Um clima de desalento cercou a renúncia do estimado ministro francês da Ecologia, Nicolas Hulot. Incapaz de vencer os grupos que lucram com a destruição ambiental, Hulot pediu o boné após o segundo verão mais quente da história europeia. A elevação da temperatura, segundo seu Ministério, pode provocar o breve desaparecimento das ostras no país.

É um desalento que o jornal Les Echos estendeu à escala mundial, afirmando que a região amazônica está doente. O “pulmão do planeta”, afirma, “está com enfisema”.

A Europa ainda não sabe que a narrativa sobre o “pulmão do mundo” é falsa e se desmoralizou. Na verdade, a Amazônia está mais para uma caderneta de poupança do mundo: o Brasil e vizinhos panamazônicos poupam sem contrapartidas justas.

A imprensa europeia destaca que além das 150 usinas construídas na região, mais 300 barragens estão previstas e há estimativas apontando para o desmatamento de um terço da região, modificando o regime de chuvas.

O ato de Hulot foi um ato de coragem: abriu mão do poder no auge da popularidade para dramatizar a situação mundial do meio ambiente alvejado pelos lobbies interesseiros que controlam a economia mundial. Para os ambientalistas, porém, soou como rendição.

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Horário gratuito

Com o horário gratuito já a pleno vapor espera-se finalmente que o clima de eleição ganhe força. Ainda se vê muita rejeição e indiferença a classe política. O percentual de indecisos é enorme e daqueles que sequer pretendem votar, é maior ainda. Por isto está difícil até para fazer pesquisa decente para a projeção do atual cenário eleitoral.

O efeito manada

Com tantos indecisos e outros tantos se recusando a votar, a ameaça de um efeito manada para os últimos dias de campanha deste pleito é enorme. Aliás, isto já tem se tornado uma tradição nas eleições municipais de Porto Velho, tirando candidatos a prefeitos da rabeira (casos dos eleitos Sobrinho, Nazif e Hildon Chaves) que acabaram catapultados ao pódio.

A reação do eleitor

Outra coisa para se medir é o comportamento do eleitorado quanto aos políticos profissionais, há mais de trinta anos ocupando cargos públicos ou fazendo negócios com o governo, vendendo de agulha e avião. Muitos políticos enriqueceram com os esquemas de vigilância, marmitex e merenda escolar e estão aí belos e formosos, disputando cargos eletivos.

 

Via Direta

*** Especulações nesta fase de campanha e os chamados fak news são o que mais rolam nesta fase da disputa *** Segue o mercado imobiliário se ajustando. O maior problema é no segmento comercial. Temos centenas de salas desocupadas na capital. *** O desmatamento e a construção de usinas hidrelétricas em Rondônia tem mudado o regime de chuvas na região*** Caro leitor, em outubro, diga não aos candidatos apoiados pelos traficantes e saqueadores do Beron.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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