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Carlos Sperança

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Publicado: 06/02/2024 às 10h00

O Supremo terá que julgar em 2024 restos traumáticos da polarização política

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Justiça para todos

É habitual derrotado alegar fraude e criminoso condenado se sentir injustiçado. Na sociedade democrática, felizmente, para tudo cabe recurso, mas em ambientes poluídos pela polarização o derrotado exige que a Justiça lhe dê a vitória e o condenado espera que os políticos mudem na marra a decisão da Justiça.

Há cem anos, o STF libertou um militar acusado de conspirar contra o governo, Joaquim Távora. Solto porque estava detido injustamente, foi fazer uma revolução, direito que não tinha. Culpa do STF? Derrotados e condenados, principalmente no Brasil, onde as redes sociais transformam analfabetos funcionais em “juristas”, o STF é o para-raios de tudo que incomoda. Como na sociedade polarizada tudo incomoda, cabe ao STF o espinhoso papel de zelar pela Constituição em país que a emenda sem dó e a viola na base do jeitinho.

O STF terá que julgar em 2024 restos traumáticos da polarização. O governo deveria zerá-la pelo bem da nação, mas é incapaz de unir o país em torno de uma agenda mínima. Algumas pautas pretendem empurrar ao STF a escolher um lado no caso de impasses que caberia aos políticos resolver no Congresso. Outras pretendem a execução de um plano para prevenção e controle do desmatamento da Amazônia. É praticamente exigir que o STF julgue, legisle e governe. Como havia juízes em Berlim, tomara que o Brasil também os tenha.

Eleições 2024

Enquanto em algumas capitais o cenário das eleições municipais vai se desenhando, em Porto Velho o panorama segue nublado. De m lado, o bolsonarismo rachado em possíveis candidaturas à espera de acenos do diretório nacional do PL para definições e outras legendas atreladas ao conservadorismo. De outro lado a oposição iniciando as negociações para montar uma chapa competitiva com o MDB e o PT como partidos protagonistas. Muitas candidaturas anunciadas, mas neca de definições. A rigor, só tem a pré-candidatura de Mariana Carvalho (Progressistas) anunciada pelo prefeito Hildon Chaves (PSDB).

Antecipação

Nos meios políticos se tem como articulação mais acertada, retardar o anuncio de candidaturas para que o nome anunciado não seja alvo de cacetadas das linhas inimigas de imediato. O tempo está mostrando que a antecipação do anuncio do nome de Mariana Carvalho para disputar a prefeitura de Porto Velho pelo prefeito Hildon Chaves não foi a medida mais adequada, pois os adversários se reuniram para vetar seu nome nas bases aliadas ao governador Marcos Rocha e do próprio prefeito. A antecipação do nome de Mariana acabou lhe causando alguns transtornos.

O campeão voltou

Ex-prefeito e ex-deputado federal, Lindomar Garçom foi o campeão de votos em eleições municipais atingindo quase 70 por cento do eleitorado numa das primeiras eleições de Candeias do Jamari. Agora, depois de sucessivas derrotas a Câmara dos Deputados e a prefeitura de Porto Velho, Garçom está de volta ao seu antigo domicilio eleitoral para disputar a prefeitura daquela cidade satélite, entulhada em dividas e mais dividida politicamente que a Bolívia. Garçom é favoritíssimo para a eleição suplementar e ganhando vai assumir uma cidade com os cofres do Executivo dilapidados pelos últimos alcaides.

No municipalismo

Poucos municípios rondonienses dão conta de pagar seus encargos e tocar alguma obra de infraestrutura e conseguem ser mais independentes dos recursos de emendas parlamentares federais. Mesmo assim, Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Vilhena e Rolim de Moura com gestões mesmo mais enxutas também são dependentes do FPM e das verbas oriundas das emendas parlamentares federais e estaduais. Neste início do ano os prefeitos acorrem a Brasília, com apoio da Confederação Nacional dos Municípios-CNM, para uma nova marcha municipalista de pires na mão nos gabinetes dos deputados federais e senadores em busca de recursos.

Bases bem definidas

Com bases bem definidas na capital e carreiras políticas já consolidadas, alguns vereadores caminham para uma nova reeleição e já vislumbrando cadeiras na Assembleia Legislativa em 2026. São os casos de Vanderlei Silva, Alex Palitot, Edvilson Negreiros, Marcio Pacele e Elis Regina. São 19 vereadores em busca da reeleição e pelo menos dois fora da disputa por pendencias com a justiça. Terão pela frente predadores terríveis, casos de ex-deputados estaduais com forte estrutura e em condições de voltar ao pódio, casos de Hermínio Coelho, Jair Montes, Eyder Brasil, Ribamar Araújo, alguns que por sinal já foram vereadores também.

Via Direta

*** Estamos diante de uma conjunção diabólica de doenças ao mesmo tempo em Rondônia: a retomada da covid e paralelamente uma epidemia de dengue *** Pior mesmo é adquirir as duas doenças ao mesmo tempo, já que possivelmente os infelizes terão percurso mais curto ao Tonhão ***As primeiras pesquisas em Manaus já apontam polarização entre o prefeito Davi Almeida (Avante) e o deputado federal Arnon Medel (Cidadania) no pleito de outubro *** Em Porto Velho, as primeiras sondagens do ano passado apontavam quase um empate técnico entre Fernando Máximo (União Brasil), Mariana Carvalho (progressistas) e Leo Moraes (Podemos) *** São os candidatos conservadores levando vantagem.