coluna
Publicado: 02/03/2019 às 11h18min | Atualizado 02/03/2019 às 11h20min
A transferência de líderes do PCC a Porto Velho trouxe no bagageiro o mesmo temor das demais cidades do interior brasileiro com penitenciárias instaladas. Vieram com eles um mar de boatos e ameaças de ataques a órgãos públicos que configuram atos de terrorismo.
Venham de onde vierem, boatos e ameaças não são exercícios da livre expressão. Disseminar o medo e chantagear pessoas e instituições constituem afrontas à lei e à democracia.
Nas propagandas contrária e favorável à ainda incerta reforma da Previdência ocorrem excessos que se aproximam perigosamente do mar de ameaças que espalham medo. De um lado, com dramaticidade assustadora, governistas alegam que se a proposta do ministro Paulo Guedes não for aprovada o Brasil cairá na recessão já em 2020. De outro, os contrários espalham que a pobreza vai aumentar se a reforma for aprovada.
Como a proposta não será acolhida na íntegra pelo Congresso, a recessão seria fatal. Como o grosso da proposta será aprovado, a disparada no empobrecimento também seria inevitável.
Contra ou a favor, antes de dramatizar o melhor será debater serenamente. Caso contrário, não restará saída: haverá recessão e mais pobreza. A chave da cidade não será entregue ao Rei Momo, mas ao PCC.
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Com a colaboração dos tribunais de contas nos estados, o Tribunal de Contas da União -TCU começa investigar as obras paralisadas nos estados Brasil afora. Em Rondônia, como em mutas paragens vai se descobrir muitas fraudes: empreiteiras que receberam dinheiro antecipadamente, fizeram alguma coisa para disfarçar e depois sumiram do mapa, diante da omissão de quem? Justamente dos órgãos de fiscalização…
Não fossem os funcionários públicos estaduais, municipais e federais –são quase 60 mil – a economia de Porto Velho, castigada pelo desemprego desde a conclusão das usinas estaria num buraco negro. Sem vocação industrial, o comércio da capitial rondoniense vive do contracheque e tão cedo não terá uma outra opção. Para piorar padece com nova cheia do madeirão.
A esperada reação da economia com a mudança de governo ainda não aconteceu em alguns setores e a falta de postos de trabalho com carteira assinada é um flagelo na capital rondoniense. No entanto, a expectativa de melhoria no comércio é enorme a partir de março, quando a estação das chuvas – o inverno amazônico tem sido rigoroso em todo estado.
Rondônia ficou fora do cronograma de concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, previsto para acontecer durante março e abril pelo Ministério dos Transportes. Os estados do Sudeste e do Nordeste foram os mais beneficiados com os leilões visando concluir ou iniciar obras importantes de infraestrutura. Nesta fase também foram ignorados Amazonas e Acre.
O inicio de ano é marcado com fortes pressões sobre o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) e do governador do estado Marcos Rocha (PSL). Algumas justas, cobrando eficiência, mas boa parte desta movimentação que está ocorrendo nos bastidores é claramente de políticos e de empresários chantagistas buscando negócios escusos ou nomeações de apaniguados. Gravar, lembram de Ivo?, é preciso.
*** Final de semana dos infernos em Porto Velho, com greve nos coletivos, alagações nos bairros, falta de segurança, caos na saúde *** Pelo menos o carnaval dos blocos serve para alegrar a população sofrida com as intempéries *** Não convidem a secretaria Ivonete Gomes e a vereadora Ada Dantas para a mesma mesa de tacacá *** Ada acredita que Ivonete é concorrente para vereança no ano que vem e como políticos são bichos territorialistas, esta descendo o porrete na adversária *** E tem mais secretários na mira dos vereadores.
sobre Carlos Sperança
Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.