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Carlos Sperança

coluna

Publicado: 11/03/2017 às 06h20min

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A careca refrigerada

O governador Confúcio Moura (PMDB) entra no seu terceiro ano do segundo mandato, com menos recursos do que na sua gestão anterior, mas..

O governador Confúcio Moura (PMDB) entra no seu terceiro ano do segundo mandato, com menos recursos do que na sua gestão anterior, mas mantendo a eficiência. Graças a uma administração austera, o mandatário tem garantido o pagamento em dia dos servidores estaduais e a regularidade nos compromissos com os fornecedores.

Antes de ser governador, Confúcio, mesmo com suas esquisitices filosóficas, já tinha se consagrado como o grande prefeito de Rondônia, na década passada, sendo eleito e reeleito em Ariquemes, feudo do clã Amorim, que durante muitos anos tinha imposto duras derrotas ao careca, que ora nos governa. Sobre sua carequice, Confúcio recentemente filosofou que é uma boa. “Refrigera o cérebro”, disse em seu blog, bem humorado.

Para não deixar a peteca cair, Confúcio conta os trocados para manter as contas em dia, dizem os assessores próximos. Aliás, seu último recado para os servidores que precisam viajar a serviço é que aguardem as promoções das companhias aéreas…

O modelo prisional

Recente levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aponta que um em cada três presos no Brasil aguarda julgamento. O País já tem a quarta maior população carcerária do mundo, apenas atrás da China e dos Estados Unidos – e com tendência de crescimento, se alguma medida não for tomada com urgência.

Em pronunciamento no Congresso, o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) defendeu uma reavaliação profunda do modelo prisional brasileiro, que está falido e ultrapassado. Ele pediu urgência à Câmara dos Deputados para a votação do projeto da audiência de custódia, de sua autoria, já aprovado no Senado.

Alguma coisa já tem sido feita para melhorar a situação, como as antecipações de audiências e os mutirões da justiça para acelerar os julgamentos. Mas conforme o autor da proposta, tudo pode cair por terra se não houver uma revisão do modelo de encarceramento. Ele cita ainda o fator das drogas que têm aumentado a população carcerária brasileira.

A correção de rumos

O político já tem uma imagem deteriorada perante a opinião pública, e é considerado capaz de praticar as maiores crueldades possíveis, já que reiteradamente é considerado pertencente a uma classe sem escrúpulos. A Operação Lava Jato tem mostrado claramente o que o político faz em Brasília, enquanto que pelos Estados outros tantos desviam recursos de obras, e até chegam a superfaturar a merenda escolar.

Mas na carreira de um político não tem coisa pior do que ser acusado de prejudicar um Hospital de Câncer, caso em que foi vítima a Fundação Pio XII, que ergue o Hospital da Amazônia, idealizado por um dos empresários de maior credibilidade do País, que é Henrique Prata. O casal Raupp foi acusado de prejudicar o Hospital de Câncer e com isto a credibilidade da dupla foi seriamente atingida por este erro de avaliação, e já está pagando caro com o desgaste da imagem.

Com o fardo da rejeição nas costas, o casal corre contra o prejuízo. Nos últimos dias, a deputada Marinha fez anunciar seu apoio ao Hospital em encontros mantidos com o ministro da Saúde e com o presidente Temer. É uma correção de rumos.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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