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Carlos Sperança

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Publicado: 09/11/2023 às 10h44

A construção do Heuro Hospital em Porto Velho, na Zona Leste, se transformou entre idas e vindas

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Luzes entre a trevas

Em meio às trágicas notícias sobre a seca, destacando-se o horror da mortandade de botos e o fogo afetando também as áreas úmidas da floresta, dois avanços abriram caminho em meio à fumaça e à tristeza: o cerco ao boi pirata e o Selo Verde, que vem unificar as iniciativas de rotulagem ambiental. 

Nos dois casos, fica evidente a necessidade de compromissos entre os organismos governamentais e as empresas. A destrutiva polarização político-ideológica vive de criar atritos e rancores entre governo e sociedade civil, antagonizar civis e militares, dividir mais para destruir que para reinar. Contra ela, a via mais adequada para a superação dos problemas está na busca pelo máximo de unidade em torno de soluções conciliadoras em todos os setores. Unificar o Selo Verde, por exemplo, é vitória coletiva.

Já o problema do chamado boi pirata só começou a ser resolvido quando o governo e as empresas, com a importante participação do Ministério Público, via termos de ajustamento de conduta, começaram a alinhar intenções e práticas. 

O avanço nesse sentido foi uma ótima conquista, na medida em que no exterior a simples suspeita de ilegalidades no comércio de carnes cria um escândalo com uma escalada negativa indesejável, justo quando a qualidade dos produtos brasileiros desenvolve uma escalada positiva no exterior, abrindo novos mercados e satisfazendo os já conquistados. 

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Livres da concorrência

Os Senadores Marcos Rogério (PL), Confúcio Moura (MDB) e o governador Marcos Rocha (União Brasil) estão livres da concorrência da ex-primeira dama Michele Bolsonaro que deverá disputar uma cadeira ao Senado nas eleições de 2026. Ocorre que ela lidera as pesquisas em estados de influencia bolsonarista, como Paraná e Santa Catarina. E ainda tem como possível base de disputa, o Distrito Federal, já que sua naturalidade é de Ceilândia. Rondônia, Acre e Roraima chegaram a ser cogitados como destino de filiação eleitoral de Michele.

As condenações

Já com três condenações resultando inelegibilidade, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) vai perdendo força com deputados federais e senadores no Congresso Nacional. Ocorre que boa parte da base do mito já tinha pertencido aos governos de coalizão de Lula e Dilma e agora estão voltando para o antigo guarda-chuva com os bolsos forrados com o crescente fundão eleitoral e recursos de emendas parlamentares generosas. A bancada do chamado centrão, migra para cada governo de plantão, seja de esquerda ou de direita, desde que o pix esteja a mão.

Marco legal

Com projeto de lei, o deputado federal Adjuto Afonso (União Brasil-AM) estabelece um marco legal do garimpo no Amazonas, que ele espera seja estendido para os estados vizinhos de Rondônia, Roraima e Pará. O novo órgão vai definir quem poderá operar legalmente a atividade garimpeira. Atualmente a mineração está sujeita a legislação federal que limita a autorização das atividades em função dos danos naturais. Recentemente os garimpeiros foram alvo de grandes operações no Rio Madeira, em Manicoré e em Humaitá, revoltando os políticos e garimpeiros envolvidos.

Haja propinas

A crítica do ex-governador Ciro Gomes (PDT) ao governo do estado do Ceará, dando conta que lá não tem obra sem pagamento de propina, cabe também a muitos governos estaduais e prefeituras municipais, onde se estabeleceu confrarias entre a classe política e os mandatários das empreiteiras. É máfia de todo lado, de drogados, flanelinhas, na esquerda, na direita, e o eleitor pouco seletivo, já que elege desde estupradores, homicidas, latrocidas e criminosos de toda espécie para cargos públicos, de vereadores a deputados. As dinastias dos políticos se prolongam ao longo do tempo no Brasil inteiro, vampirizando os recursos públicos.

Balaio de gatos

A construção do Heuro Hospital em Porto Velho, na Zona Leste, se transformou entre idas e vindas, num autêntico balaio de gatos, que culminou na cassação da licença da empresa ganhadora da licitação. A obra já está atrasada um ano, depois de pompa e circunstância, no lançamento, entre os políticos que afirmavam que aquilo (que não saiu nem do papel) seria a redenção da saúde em Rondônia. Entre tantos entraves, um deles era que a empreiteira não tinha pago ao proprietário o valor do terreno –que agora está enrolado – mas a construtora afirma que agora está tudo em ordem e quer avançar no empreendimento. É coisa de louco!

Via Direta

*** O inverno amazônico dá os primeiros sinais indicando a necessidade da limpeza dos bueiros, canais e igarapés para que Porto Velho não seja alvo de inundações sazonais *** Com as primeiras chuvas já temos a reposição do lençol freático beneficiando os poços caseiros, denominados “amazônicos” que neste ano foram aprofundados para dar vazão suficiente para atender as necessidades básicas de bairros periféricos *** Comércio lojista chiando com o fraco movimento nas casas comerciais na capital *** Mas isto não é por falta de pagamento dos servidores, o governador Marcos Rocha e o prefeito Hildon Chaves estão em dia com o  pagamento do funcionalismo público estadual e municipal, bem como aos fornecedores.