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Carlos Sperança

coluna

Publicado: 04/03/2017 às 06h20min

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A grande incógnita

A possível candidatura ao Senado do governador Confúcio Moura, pelo PMDB, se transformou numa incógnita, e por este motivo ele chutou..

A possível candidatura ao Senado do governador Confúcio Moura, pelo PMDB, se transformou numa incógnita, e por este motivo ele chutou sua definição para mais adiante. Ocorre que o clã Raupp, formado pelo senador Valdir e sua esposa, deputada Marinha, detém o controle do Diretório Estadual, e Confúcio, para assumir qualquer postulação, depende de um “referendo” da família rolimourense.

No PMDB, com a Lava Jato na testa ou sem Lava Jato, Valdir Raupp é candidato à reeleição e, por conseguinte, se Confúcio optar pela disputa ao Senado, terá que bater as portas do PSB de Mauro Nazif ou do PDT de Acir Gurgacz, onde, diga-se de passagem, seria bem recebido. Raupistas insinuam que o melhor para o governador seria disputar uma cadeira à Câmara Federal. Os confucionistas dizem a mesma coisa para os raupistas.

Como se sabe, o governador deve se desincompatibilizar do cargo no ano que vem, e já deixou acertado que terá o apoio do sucessor, o seu vice Daniel Pereira (PSB), ao seu projeto ao Senado. Até lá Confúcio se define se fica ou não no PMDB.

O golpe das construtoras

O consumidor, seja de obras públicas ou da iniciativa privada, deve ficar extremamente atento com as construtoras que erguem edifícios de apartamentos e conjuntos de casas populares em Rondônia. Até empresas consideradas até pouco tempo idôneas são acusadas de golpes, como é o caso da Direcional, em Manaus, acusada de entregar imóveis com vazamentos, rachaduras, fissuras nas lages – e sem drenagem.

Como no Amazonas, onde o governo daquele Estado, a Caixa Econômica Federal e a construtora Direcional são objeto de ação civil pública pelos malfeitos, em Porto Velho estamos cansados de tomar conhecimento de irregularidades. Aqui a coisa é pior ainda, porque algumas empresas recebem mais do que deveriam como adiantamento e abandonam as obras, sob as vistas grossas de quem deveria fiscalizar.

Existem evidências de cumplicidade com políticos e fiscais na maioria dos casos. Por isto temos viadutos paralisados – ou com rachaduras, passarelas e prédios que desabam ou estão interditados há muito tempo, como é o caso do Edifício Aquarius, de propriedade de políticos.

A noiva cobiçada

O prefeito de Ji-Paraná Jesualdo Pires (PSB) está como uma noiva cobiçada na disputa de dobradinhas ao Senado na temporada. Liderança emergente no Estado, graças a uma atuação destacada na Assembleia Legislativa (onde foi o deputado com melhor desempenho) e considerado na legislatura passada o prefeito mais produtivo em Rondônia, o alcaide de Jipa foi sondado para celebrar dobradinhas com o tucano Expedito Júnior e pelo atual governador Confúcio Moura, ambos também na peleja pelas duas cadeiras ao Senado no ano que vem.

Pergunta-se os motivos pelos quais o prefeito de Ji-Paraná, fiel aliado do senador Acir Gurgacz que vai disputar o governo do Estado tem sido tão procurado pelos caciques estaduais para parceria ao Senado. Não é difícil de entender: todos acreditam que Jesualdo sairá do interior, na disputa ao Senado, principalmente da região Central, com um balaio de votos. Naquele município ele tem cravado a marca de quase 70% de intenções de votos e nas regiões próximas conta com quase a mesma coisa. Como Bianco e Acir, Jesualdo está chegando para fazer história.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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