Porto Velho/RO, 19 Março 2024 02:25:25

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 23/10/2023 às 12h31min | Atualizado 24/10/2023 às 15h46min

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A nova rodoviária de Porto Velho é a menina dos olhos do prefeito Hildon Chaves

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A lição de casa

A guerra na Ucrânia vai para dois anos de duração e o conflito no Oriente Médio, marcado por crimes de guerra tanto do Hamas quanto de Israel, trazem consternação a quem sabe ser a paz o melhor ambiente para a resolução de problemas comuns. O Brasil, que preserva a paz desde a desastrosa Guerra do Paraguai, vive um estado de terror deflagrado pelo desequilíbrio climático: de um lado, morte, doenças e desabrigo por conta da seca; de outro, as chuvas e enchentes causando perdas nas cidades e campos.

Por mais que a economia esteja se protegendo contra os problemas mundiais, será difícil vencer os prejuízos causados pela severa combinação de seca inclemente e inundações incessantes. As guerras em curso, com seu passivo de medo e luto, e as tragédias climáticas brasileiras, com as altas perdas que representam para a sociedade brasileira, revelam, em sua crueza e horror, quanto é vazia e infantil a polarização política. 

Mantê-la passará um atestado de intolerância a quem se aferrar a rancores e violências. Brigas eleitorais, já está claro, não levam a nada, até porque há duas tendências sem volta: primeira, os golpistas que atentarem contra a Constituição vão sofrer pesadas condenações; segunda, a alternância no poder é uma realidade mundial e todo governo que não fizer a lição de casa será trocado pelos eleitores. É hora de unir o país para vencer os rigores climáticos e dar força e velocidade à estruturação da bioeconomia.

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Menina dos olhos

O novo terminal rodoviário de Porto Velho, em construção acelerada, é sem dúvidas a menina dos olhos do prefeito Hildon Chaves e da ex-deputada federal Mariana Carvalho responsável pelas emendas parlamentares que deram origem a obra. Toda semana Hildão inspeciona as obras o que ele designa de “visita técnica” levando consigo aliados para demonstrar que a coisa está andando mesmo e que a empreiteira que toca o serviço não é “parente” daquela que fracassou na construção do Heuro Hospital, lá na Zona Leste cuja licença de construção foi até cassada.

A polarização

A disputa pela prefeitura de Porto Velho, cuja eleição ocorre em 6 de outubro de 2026, abre polarizada entre duas candidaturas. A do deputado feral Fernando Máximo (União Brasil) e da ex-deputada federal Mariana Carvalho (Progressistas) que foi a postulante mais votada ao Senado na capital no pleito passado. Máximo, com as bênçãos do governador Marcos Rocha, Mariana com todo apoio do prefeito Hildon Chaves (União Brasil). A minha primeira sondagem, mesmo com o prefeito Hildon Chaves bem mais popular que o governador apoiando Mariana, sinaliza Máximo na dianteira.

Só quebrando

Neste contexto inicial da peleja em Porto Velho, para uma terceira via ganhar alguma chance vai precisar quebrar esta polarização Máximo/Mariana que tende a se firmar. A tendência ainda, caso desponte, é surgir uma terceira via também bolsonarista, que poderia ser tanto o ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos) o atual presidente da Assembleia Legislativa   Marcelo Cruz (Patriota) ou a deputada federal Cristiane Lopes (União Brasil). De Vinicius Miguel (PSB) nem se fala ainda, mas com apoio de Confúcio e de Lula pode até alcançar uma situação mais favorável adiante. 

A transferência

Se Hildão conseguir transferir sua aprovação popular para Mariana na disputa pelo Prédio do Relógio a ex-tucaninha terá uma grande carta na peleja. Máximo, de asas crescidas, dificilmente vai obter uma vitória em primeiro turno, com tantas candidaturas postas e dividindo o eleitorado e ainda com o governador Rocha colado nas suas costas com os desgastes do ICMS, Heuro que não sai, segurança que não decola, etc, etc. Lembrando que Rocha e Máximo não ajudaram nem com uma ruela sequer na construção da rodoviária da capital. Se não fossem os recursos obtidos por Mariana o terminal nem sairia do chão.

Contas da esquerda

Nas minhas contas, o MDB, PT e seus puxadinhos estão longe de projetar candidaturas exequíveis na capital, mas nas contas da esquerda a coisa é diferente no enfrentamento com o conservadorismo vigente. As lideranças acreditam num grande desgaste do ex-presidente Bolsonaro (de fato, na capital o bolsonarismo é menos influente que no interior rondoniense) o que poderá atingir as candidaturas mais conservadoras na capital. Também constatam que o bolsonarismo está muito dividido em Rondônia e isto poderá afetar os candidatos ultraconservadores como já aconteceu com Eyder Brasil no pleito passado.

Via Direta

*** Não tarda e os pobres aldeões de Porto Velho se verão obrigados a instalar abrigos antiaéreos em suas residências *** Não, contra as carnificinas dos misseis do Hamas e de Israel, ou da Rússia ou da Ucrânia, mas sim pelas tempestades que vem se agravando e tendem a piorar nos próximos anos na região. É coisa de louco *** Aumenta a incidência de policias civis e militares envolvidos no tráfico de drogas em Rondônia. São os carteis de dragas se infiltrando *** Segue o drama das cirurgias eletivas em Rondônia. São centenas de pacientes com pernas quebradas esperando por cirurgias, algumas delas marcadas há mais de um ano. É um sofrimento terrível ocasionado pelos atrasos.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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