A segurança máxima

Com cada um com projeto diferente para a crise nos presídios, se vê o governo Michel Temer anunciando um Plano Nacional de Segurança Pública e a Câmara dos Deputados montando uma comissão especial para discutir um projeto de segurança máxima nas penitenciárias brasileiras. Mas até alguma coisa funcionar teremos muitas chacinas e milhares de quilos de entorpecentes traficados em nossas fronteiras desguarnecidas com a Bolívia, o Peru e a Colômbia.Com cada um com projeto diferente para a crise nos presídios, se vê o governo Michel Temer anunciando um Plano Nacional de Segurança Pública e a Câmara dos Deputados montando uma comissão especial para discutir um projeto de segurança máxima nas penitenciárias brasileiras. Mas até alguma coisa funcionar teremos muitas chacinas e milhares de quilos de entorpecentes traficados em nossas fronteiras desguarnecidas com a Bolívia, o Peru e a Colômbia.Com a necessidade de medidas emergenciais para combater o crime organizado e os massacres nos presídios, a máquina pública brasileira tem se comportado de forma lenta e pesada. Em toda situação crítica se anunciam novos investimentos para melhorar a segurança pública, e passados os momentos mais cruciais as coisas ficam como estavam até o próximo vulcão entrar em erupção.Como o governo petista, o governo do PMDB promete muito, enrola bastante e realiza muito pouco para atender às demandas da segurança.

A Zona Chacareira

Não é à toa que o grupo Gonçalves voltou suas atenções para a populosa zona Leste de Porto Velho, onde pretende montar um shopping center assim que as arestas sejam aparadas junto à prefeitura de Porto Velho e aos organismos ambientais. De um lado terá consumidores do pujante centro comercial da Amador dos Reis, próximo às avenidas Amazonas e Raimundo Cantuária, onde será erguido o empreendimento, de outro mostrando visão de futuro dos empresários, vai atender a uma nova cidade que surgiu com a zona chacareira, onde centenas de propriedades foram divididas em lotes urbanos.

Enorme e populosa a região chacareira de Porto Velho traz um dilema para o novo Plano Diretor: a equipe da Secretaria de Planejamento terá que obrigatoriamente incluir aquela região no Plano de Expansão. Além disto, aquela vasta região vai precisar da campanha de regularização fundiária da prefeitura. Lá está tudo para se titular, já que pequenas chácaras foram divididas aleatoriamente e vendidas como terrenos urbanos para parentes, vizinhos, etc.

Algumas semelhanças

Os governos do presidente Michel Temer (PMDB) e do prefeito tucano de Porto Velho Hildon Chaves têm algumas semelhanças de comportamento, guardadas as proporções do País e do município. A maior delas está na promessa de reduzir o número de ministérios, secretarias – ou de cargos comissionados.

Temer que falava em reduzir o número de ministérios, aos poucos está retomando todas as pastas que já existiam no governo petista, e que ele e o PMDB tanto criticavam. Do lado do prefeito Hildon Chaves, já se sabe que para ele compor maioria na Câmara Municipal se viu obrigado a ceder cotas de cargos comissionados para os vereadores da capital, a mesma prática levada a efeito pelos prefeitos anteriores, Roberto Sobrinho (PT) e Mauro Nazif (PSB).

É justo, no entanto, atribuir valores diferentes para cada um. O presidente Temer está envolvido em coisas tenebrosas, inclusive na Operação Lava Jato. Já nosso prefeito tucano começa sua carreira pitoco, sem rabo, e se movendo como pode neste terreno pantanoso, que é a política rondoniense.