Porto Velho/RO, 30 Março 2024 19:33:10

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 30/11/2016 às 06h10min

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Aliviando a pressão

O repentino surgimento do garimpo na comunidade de Santa Rosa, às margens do rio Madeira, a dezenas de quilômetros depois de Humaitá..

O repentino surgimento do garimpo na comunidade de Santa Rosa, às margens do rio Madeira, a dezenas de quilômetros depois de Humaitá (AM), já está aliviando a pressão em Porto Velho, onde centenas de garimpeiros já colocavam em risco as estacas da ponte que liga Rondônia ao Amazonas, além de emporcalhar com mercúrio as águas que são captadas pela Caerd para o abastecimento da capital.

Atraindo garimpeiros rondonienses, acrianos e nordestinos, a “fofoca” em Santa Rosa lembra os tempos do Madeirão, nos idos de 80, quando os faiscadores de ouro tomavam conta da cidade. Na pequena comunidade amazonense já começam a surgir comerciantes e as prostitutas – grande parte procedente de Rondônia – estão chegando para explorar o lenocínio.
Se o novo garimpo vai prosperar, ressuscitando uma era auspiciosa, são outros quinhentos. Os últimos garimpos que explodiram nos Estados de Mato Grosso, Rondônia e no Amazonas não foram duradouros. Até o renascimento do garimpo em Porto Velho esticou o bico.

Olho do furacão

Rondônia entra de novo no olho do furacão, e novamente por conta de muitos dos seus políticos envolvidos nos escândalos da Lava Lato, dos supersalários no Congresso Nacional e na temida Lista da Odebrecht, onde até a insuspeita ex-senadora Fátima Cleide (PT) entrou na dança. E vem aí também o caso das propinas das usinas trazendo novos – e antigos nomes – à baila. É coisa de louco!

Os comissionados

Uma das principais conclusões do encontro de prefeitos realizado em Porto Velho, no início da semana, e que contou com a presença da maioria dos alcaides dos 52 municípios do Estado, diz respeito ao corte de comissionados. Neste particular o governo Estadual já fez a sua parte, demitindo milhares deles nos últimos dois anos.

Violência rural

Não é à toa que muita gente já está tentando vender as propriedades rurais em regiões onde a situação de segurança já é crítica, como a grande Ariquemes, o entorno da BR-429 e Sul rondonienses. Diante da falta de policiamento, os assaltantes, ladrões e arrombadores estão roubando e matando no interior, beneficiados pela impunidade. Até quando?

Terras caídas

O fenômeno terras caídas – ocorre quando as barrancas caem devido à ação erosiva dos rios – tende a aumentar nesta época do ano, e já são 11 municípios no Amazonas, Pará e Rondônia afetados. Mais recentemente, São Paulo de Olivença, no Amazonas, foi atingida pelo fenômeno e 66 famílias ficaram desabrigadas. Sem recursos para barreiras de contenção, Porto Velho é um dos municípios atingidos.

Mais turbulências

Em meio a tantas trapalhadas, o governo Michel Temer (PMDB) sofre com novas turbulências com o pedido de impeachment formulado pelo Psol e aliados. A grande verdade é que o governo do PMDB, com seis ministros já defenestrados, nada difere do PT que afundou o País. Temer e Renan Calheiros já estão de cabelos em pé com os movimentos sociais nas ruas.

Via Direta

*** Aos poucos o rio Madeira vai subindo e engolindo as praias de “arroto” que emergiram durante o verão em Porto Velho *** Com as festividades de Natal e ano novo, as empresas aéreas lançam mão de voos extras para atender à clientela em Rondônia *** O vice-governador Daniel Pereira lança neste carnaval o Bloco do Servidor. A marchinha está no forno e é de autoria do renomado Zé Katraca.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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