Porto Velho/RO, 18 Março 2024 17:08:34

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 21/09/2023 às 12h46min | Atualizado 21/09/2023 às 12h48min

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As amputações ocasionadas pela diabetes cresceram 83% em Rondônia nos últimos anos

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Requentado, mas necessário

Item essencial em toda plataforma de reformas desde a famigerada Lei de Terras, de setembro de 1850, a reforma agrária sempre causou controvérsias. A mais atual é se a RA ainda pode ser considerada o item central das políticas sociais. A centralidade fazia sentido quando a população rural ainda era majoritária. Depois da rápida urbanização, com o consequente esvaziamento demográfico do campo, faria mais sentido uma reforma urbana como foco nos anéis de pobreza que apertam as grandes cidades.

No Sul e no Sudeste, a pressão pela RA se reduziu porque os jovens urbanos não se interessam tanto pelo trabalho no campo, seduzidos pelas universidades situadas nas metrópoles, onde há uma ampla oferta de vagas bem remuneradas para quem tem educação superior. Diante disso, uma nova ação do governo federal relacionada com a reforma agrária traz o assunto de volta à cena e retoma a pergunta sobre se ela ainda é necessária.

A rigor, o que o governo fez foi reanimar o que já existia: a Câmara Técnica de Destinação e Regularização Fundiária de Terras Públicas Federais Rurais, sob a coordenação do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. Embora não seja uma novidade, porém, a medida é necessária para enfrentar um dos elementos mais danosos da sociedade brasileira: a grilagem de terras. Em mãos criminosas, a destruição das possibilidades da floresta se acelera.

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A ponte binacional

Os políticos comemoraram – do governador aos deputados estaduais e federais senadores – e até entraram numa ridicula disputa de paternidade pela obra e eis que depois de tantas festividades o Dnit suspendeu a licitação da ponte binacional sobre o Rio Mamoré, em Guajará Mirim, na fronteira com a Bolívia. É o eterno habito rondoniense de querer iniciar obras, contando com o ovo que ainda não foi botado, sem se documentar, desta feita era preciso ouvir os bolivianos, que são mais exigentes com a navegabilidade. Tinha político garantindo que em dois anos a ponte estaria pronta, outros já se preparando com números de grandes exportações para o país vizinho, etc, etc.

Lugar nenhum

O falecido senador Ronaldo Aragão (MDB-Cacoal) já dizia ainda na década de 80, quando era um vibrante deputado estadual na Assembleia Legislativa de Rondônia que “CPI é o melhor caminho para lugar nenhum”. O tempo tem reafirmado a declaração do médico cacoalense. A gente não vê resultado nas CPIs formadas na Câmara do Deputados, no Senado, nas assembleias legislativas e nas Camarás de Vereadores. Geralmente as comissões não dão em nada, tudo para inglês ver, com muitos acertos financeiros com os investigados nos bastidores.

Grande semelhança

Como existem semelhanças entre a Operação Mãos Limpas, desenvolvida na Itália em décadas passadas, com a Operação Lava Jato, inspirada na ação italiana. Lá, os mafiosos, grandes empresários e políticos se lascaram com os promotores e foram condenados as pencas. Só, que diante da situação alarmante com a justiça, todos os pilantras italianos se uniram e os mocinhos se transformaram em bandidos. A Operação no Brasil recuperou bilhões de reais para os cofres brasileiros dos corruptos e Moro e Dal’Agnol, diante de um acordão, tratados são tratados como marginais. Dal’Agnol já foi cassado e Moro não vai escapar do mesmo tratamento.

As amputações

As amputações ocasionadas pela diabetes cresceram 83 por cento em Rondônia nos últimos anos, embora o número de casos na Amazonia, nos estados do Acre, Amazonas. Amapá e Rondônia – ainda sejam menores aos índices ocorridos no restante do País. E assim os pacientes vão perdendo os pés, as pernas, e ficando inválidos. O ser humano está morrendo pela boca e os enfermos pela doença não conseguem evitar costela gorda, chocolates, sorvetes, bolos, pudins e demais comidas que aumentam também o colesterol e pressão alta. Nosso fundador do Diário, Emir Sfair morreu vítima de complicações da Diabetes.

Rede de jornais

Lembrando os 30 anos de fundação do Diário da Amazonia para universitários na semana passada, em Porto Velho, falei sobre o sonho de um dos  seus fundadores, o jornalista Emir Sfair. Ele projetava instalar também em anos seguintes o Diário do Acre, o Diário do Amazonas e o Diário de Roraima. Como embriões dos futuros jornais, foram instaladas sucursais vitaminadas em Rio Branco, Manaus e Roraima. Infelizmente não foi possível concretizar os projetos, com seu falecimento ainda ao final da década de 90. O Diário fez escola, contando com a paciência do veterano Waldir Costa –ainda na lida – para ensinar o oficio para tantos cabaços na época, hoje protagonistas, como Marcelinho, Eliânio, Gerson, Marcelo Reis e tantos outros. 

Via Direta

*** Com apoio da Fundação Cultural de Porto Velho,  e vários outros patrocinadores, a marcha Gay será realizada neste domingo. Em edições passadas o movimento LGBT chegou a reunir mais de 100 mil manifestantes percorrendo as principais avenidas da capital rondoniense *** Eis que o deputado estadual Edvaldo Neves (Patriota) será julgado por abuso de poder e se perder o cargo cederá sua cadeira para o ex-deputado estadual e atual suplente Eyder Brasil. Uma briga entre bolsonaristas empedernidos *** Os suplentes de estaduais andam de olho no comportamento dos atuais deputados e prontos para entrar na justiça para ganhar os cargos no tapetão. Tem pelo menos  mais uns dois de cabelos em pé.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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