Porto Velho/RO, 27 Março 2024 07:11:13

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 27/07/2023 às 13h19min

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Bolsonarismo não terá grande influência no pleito da capital

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A resposta humana

Por baixo do bombardeio sobre as ongs, entre as quais há realmente as que fogem de suas finalidades e precisam responder por isso, ocultam-se os negacionistas, que desdenham da ciência, e os catastrofistas, que veem o apocalipse como inevitável. Agora, mais uma trombeta da desgraça se soma ao negacionismo e ao catastrofismo: o modelo de inteligência artificial ChatGPT, ao responder a perguntas sobre o fim da floresta amazônica.

Os robôs da Inteligência Artificial são prato cheio para quem gosta de sensacionalismo, porque se pode dirigir a pergunta na expectativa de obter respostas desejadas. Muita gente se diverte trapaceando com os robôs para desmoralizá-los em sua ingenuidade desumana (ou sem malícia humana).

Questionado sobre o que acontecerá se as atuais condições de crimes ambientais, incompetência governamental e prevaricação continuarem destruindo a floresta amazônica e descontrolando o clima de uma vez por todas, o robô estimou que Nova York e a França serão inundados, mas esticou o prazo para algo entre 50 anos a um século no futuro para isso acontecer.

Os modelos de IA no geral adotam o hábito bem comum entre os cientistas de evitar ser categóricos, deixando sempre margem a futuras ações, providências, eventos e descobertas. Nesse caso, o ChatGPT relativizou a desgraça anunciada observando que tudo depende… de tudo. Resposta muito humana, portanto.  

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Cartas na manga

O prefeito Hildon Chaves (União Brasil-Porto Velho) teria duas cartas na manga caso seja rompido o acordo que estipula ele como candidato a governador em 2026 e o governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho) ao Senado. Cogita-se nos meios políticos que então lançaria o supersecretário Fabrício Jurado, nome de família tradicional em Porto Velho, na sua sucessão e guardaria Mariana Carvalho, pela capital, e Carlos Magno pelo interior como seus dois candidatos ao Senado de escuderia. Mas será que Magno larga Cassol? Sempre foi seu cão de guarda…

Até Alckmin

Para atender o apetite dos paridos do chamado Centrão, o presidente Luís Inácio Lula da Silva já pensa em desalojar até seu vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) do Ministério do Desenvolvimento. Dando provas da sua força no Congresso Nacional, os partidos liderados pelo presidente da Câmara dos Deputados Artur Lira e do Senado Rodrigo Pacheco, cobram a fatura do apoio congressual. Se fosse ministra, até Janja, a esposa de Lula acabaria obrigada a ceder o cargo. Ministros petistas e de partidos aliados também são ameaçados pela voracidade do Centrão por mais cargos na estrutura do governo federal.

Uma explicação

O lançamento de um número recorde de candidatos a prefeito em Porto Velho, onde já se contabilizam 13 nomes cogitados, tem uma explicação, conforme os políticos mais experientes e acostumados com as jornadas eleitorais. Ocorre que a maioria destes nomes são lançados para serem indicados vices de nomes de ponteira, como são os casos de Mariana Carvalho (Progressistas), Fernando Máximo (União Brasil), Marcelo Cruz (Patriota), Leo Moraes (Podemos) e Cristiane Lopes (União Brasil). Fala-se até em composição entre alguns candidatos que largaram na frente. A discussão é quem fica com a cabeça de chapa.

Bolsonarismo

Numa das primeiras avaliações das eleições municipais em Porto Velho, é que o bolsonarismo não terá grande influência no pleito da capital, como ocorre no interior do estado, onde o culto ao mito e ao segmento da direita é tão forte. Na capital, por exemplo, no recente pleito ao governo estadual, o eleitorado optou por uma direita mais suave e equilibrada, com Marcos Rocha (União Brasil) do que com o até então discurso ultradireitista de Marcos Rogério (PL). O deputado federal coronel Chisóstomo, no entanto, aposta na influência do mito e já projeta uma candidatura ao Prédio do Relógio pelo PL.

Grandes viradas

Outro dia comentei as grandes viradas das zebras políticas ao governo estadual e hoje lembro as reviravoltas ocorridas na disputa a prefeitura de Porto Velho. Uma das maiores foi a de Roberto Sobrinho, que saiu de zero intenções de votos e ganhou de virada em cima de Mauro Nazif, pilotando uma poderosa aliança apoiada por Carlinhos Camurça, que diga-se de passagem na sua eleição tinha aplicado reviravolta sobre Everton Leoni. O próprio Nazif, derrubado por Sobrinho, anos depois se recupera, derrotando o favorito Lindomar Garçom. Por último a performance de Hildão sobre Leo Moraes, outro que saiu do zero e escalou o topo na sua primeira eleição na capital.

Via Direta 

*** A redução dos voos em Rondônia, independe da intervenção do Ministério Público ou do clamor das lideranças regionais *** A questão é econômica e sem benefícios na redução de impostos e dos combustíveis, além da falta de passageiros, tanto a Gol como a Azul dificilmente vão voltar atrás *** Infelizmente menos voos podem significar aumento no preço das passagens aéreas e isto vai representar um problemão para os usuários ***As águas do Rio Madeira, no perímetro de Porto Velho, seguem baixando de forma impressionante indicando uma estiagem severa nestas bandas ***O aumento do número das unidades de farmácias e supermercados tem gerado muitos empregos nas principais avenidas comerciais  dos bairros na capital.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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