Porto Velho/RO, 21 Março 2024 01:19:17

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 20/12/2023 às 12h14min | Atualizado 20/12/2023 às 12h15min

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Com Isaú Fonseca de volta, em Jipa, renova-se a esperança de que ele dispute a reeleição

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Dinheiro e dinheiro 

Na variedade de assuntos, propostas, denúncias e egos ansiosos para se sobressair na Cop28, em uma vasta quinzena repleta de eventos, seria impossível destacar uma só personalidade e um só tema. Provavelmente só em um caso uma personalidade, uma instituição e um tema interligados no mesmo evento se destacaram simultaneamente: Aloizio Mercadante, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que ele preside, e a proposta dele e do Banco de criar o Arco da Restauração (AR).

Como se fosse a providência que bloqueia um vazamento, o AR seria a resposta ao Arco do Desmatamento, a fronteira agrícola na qual se concentram os maiores índices de desmatamento da Amazônia. Se para a maioria dos problemas as duas principais soluções são dinheiro e dinheiro, para esse importante projeto as melhores consistem em criar já um fundo de US$ 10 bilhões para custear um cinturão de restauro da vegetação perdida em áreas prioritárias e triplicar esse volume nas décadas seguintes. 

No entanto, como é inútil tirar água da canoa avariada com uma caneca sem tapar o furo, o projeto, custoso, difícil e de longo prazo, não vai funcionar se o desmatamento criminoso continuar. A medida de recuperar a mata não pode ser do tipo destrói hoje num minuto e repõe depois ao longo dos anos. Precisa começar pela noção de que sem desmatar se pode ganhar muito dinheiro já e protegendo a floresta se pode ganhar ainda mais no futuro.

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Nadando de braçadas

Se é alguma coisa que o governador de Rondônia Marcos Rocha (União Brasil) e o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves – não se sabe qual partido está, se é o UB ou o PSDB – é com a oposição. Não existe, tanto na Assembleia Legislativa, como na Câmara de Vereadores de Porto Velho. Só em temas muito desgastantes, como foi o reajuste do IPTU na prefeitura de Porto Velho ou na definição do índice de cobrança do ICMS no caso do governo estadual, alguns parlamentares chiaram e assim mesmo muito poucos. Governador e prefeito nadam de braçadas, sem fiscalização.

A polarização

Bolsonaristas e petistas apostam em mais uma polarização nas eleições municipais de 2024. Sendo assim, se tratando de Rondônia, mesmo com a aliança de Lula se fortalecendo, onde o MDB tem apresentado grande crescimento com a liderança do senador Confúcio Moura, o conservadorismo deve levar vantagem. O partido de Lula, o PT, não apresenta candidatos viáveis nos principais colégios eleitorais do estado, tampouco os demais partidos da federação Brasil Esperança. O caminho está livre para o União Brasil, Partido Liberal, Progressistas e outros a direta ganharem mais prefeituras.

A pele do governador

Querem (os oposicionistas) a pele do governador Marcos Rocha (União Brasil) para fazer tamborim. Pela terceira vez em menos de um ano o escritório jurídico do mandarim rondoniense conseguiu sucesso nas instâncias da justiça, evitando a cassação do mandato da chapa completa, com Marcos Rocha e o vice Sergio Gonçalves. Se na esfera da Assembleia legislativa, Marcos Rocha tem maioria com sua base aliada, no plano federal tem três senadores oposicionistas. Seja com Confúcio Moura (MDB-Ariquemes), como os liberais Marcos Rogério (Ji-Paraná) e Jaime Bagatolli (Vilhena). 

Correndo trecho

O ex-senador Acir Gurgacz já corre trecho, na condição de presidente estadual do PDT visando organizar o partido para as eleições municipais do ano que vem. Na semana passada teve encontros em Ji-Paraná e Porto Velho ouvindo as bases para traçar diretrizes e firmar alianças. Avaliando o cenário regional, Acir enfatiza que o partido deverá crescer muito no pleito de 2024, recebendo e estimulando novas lideranças. A prioridade para as alianças é nos principais polos regionais, casos de Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura e Vilhena.

A questão do ICMS

A questão do aumento da alíquota do ICMS nos estados continua gerando conflitos políticos. Em Rondônia, o governador Marcos Rocha ganhou a parada aumentando o percentual de 17 para 19,5 para recuperar a arrecadação pós-pandemia, com apoio dos deputados estaduais. Mas em alguns estados, as pressões populares deram resultados, e os governadores estão voltando atrás na iniciativa, como no Rio Grande do Sul aonde o governador Eduardo Leite é um presidenciável, e para não perder pontos com a população acabou deixando o reajuste do ICMS de lado. Vamos ver depois os reflexos da sua decisão na economia gaúcha.

 

Via Direta

*** Com as chuvas nesta estação do inverno amazônico, o lençol freático de Porto Velho já subiu o suficiente para atender a população abastecida pelos poços caseiros tão prejudicados durante a estiagem histórica na região *** Grande parte dos moradores na periferia foi obrigada a aprofundar os poços no verão 2023 a razão de R$ 250,00 o metro *** Em Ji-Paraná, com o prefeito Esaú Fonseca de volta ao Palácio Urupá, se renovam as expectativas de que ele dispute a reeleição no ano que vem *** Segue o êxodo demográfico rondoniense em algumas regiões do estado. A preocupação dos prefeitos é com relação as perdas no rateio dos tributos federais.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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