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Carlos Sperança

coluna

Publicado: 27/06/2019 às 08h54min

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Conexão Fortaleza: A ligação do mal entre Rondônia e Ceará

Abelhas e índios Como um raio de luz na pesada escuridão tecida pela polarização “ideológica”, Manaus assistiu ao espetáculo..

Abelhas e índios
Como um raio de luz na pesada escuridão tecida pela polarização “ideológica”, Manaus assistiu ao espetáculo Amazônia Sonha Brasil, que entre outras mensagens trouxe um brado em defesa das abelhas, postas nos extremos das escalas de utilidade e fragilidade, entre os seres mais úteis da natureza e também entre os mais fragilizados pela degradação ambiental.
Seres humanos também figuram nessa escala. Podem se defender melhor que as abelhas, mas enfrentam interesses que se estendem das corporações aos governos. Sua utilidade, como a das abelhas, é também imensa, mas precisam de condições para exercer o seu melhor potencial de qualidade.
Sempre houve reações negativas ao modo como os índios são tratados. Já no século XVI o papa Urbano VIII ameaçava de “castigos e cóleras divinas” quem atentasse contra a vida dos índios. A indignação papal daquela época está em vias de se avivar com o Sínodo de outubro.
Há reações crescentes aos atritos entre o governo federal e índios na demarcação de áreas e negociações enviesadas, como no Linhão de Tucuruí, útil, mas embaraçado por um sério erro que ainda causa horror ao mundo. O sonho amazônico seria desanuviar a escuridão e juntar esforços pelo aproveitamento das riquezas sem prejuízo para abelhas e humanos. .
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O saudosismo
Constato certo saudosismo dos políticos em cargos já exercidos anteriormente. As movimentações politicas na capital e pelo interior, mostram que o deputado federal Mauro Nazif (PSB) deseja voltar ao posto, atualmente ocupado pelo alcaide Hildon Chaves (PSDB) e o senador Confucio Moura (MDB) retornar ao Centro Político e Administrativo.

Conexão Fortaleza
Rondônia, como se sabe, é um dos grandes corredores do tráfico de cocaína no Brasil. Nos últimos dias se descobriu rotas alternativas, além do sul maravilha e a rota fluvial para Belém. Trata-se da “Conexão Fortaleza”. Os traficantes de lá mandam dinheiro pelos bancos aos comparsas de Porto Velho que vão até a Guayará Mirim para as compras e posterior remessa ao Ceará.

Nas estâncias
A imigração dos venezuelanos em Rondônia aqueceu o mercado das estâncias (assim são designados por aqui os conjuntos de quitinetes em Porto Velho) numa cidade com dezenas delas ainda vazias e desvalorizadas por falta de interessados. Assim algumas imobiliárias estão comemorando uma pequena reação enquanto esperam melhores dias, já que na esfera de vendas a coisa esta bem complicada.

O sobrevivente
O prefeito Hildon Chaves é um sobrevivente político numa prefeitura que é taxada, devido a tantos antecedentes, como cemitério de políticos. Já vivenciou três invernos amazônicos, sendo que no primeiro recebeu a compreensão da população, mas nos dois seguintes bombardeio pesado, a ponto de ficar deprimido. Neste verão o alcaide voltou a sorrir. Tá vivo e motivado para a campanha da reeleição.

Orçamento
Os deputados federais e senadores estão radiantes. Finalmente o Congresso Nacional promulgou o orçamento impositivo que obriga a União a pagar as emendas dos parlamentares a partir de 2020. Os prefeitos também devem estar agradecidos pois é com estes recursos que eles conseguem vitaminar seus orçamentos com obras de infra-estrutura, saúde e transporte escolar.

Via Direta

***Na falta de novas obras, o prefeito Hildon Chaves esta reinaugurando praças e parques reformados *** No entanto, a grande expectativa dos portovelhenses é que ele desenrole os polêmicos casos de água e esgoto e da construção da nova rodoviária *** Seguindo os mandarins Ivo Cassol e Confúcio Moura, o governador Marcos Rocha economiza todo mês para garantir a folha de pagamento no mês trabalhado *** É um dos ingredientes da receita de reeleição de governadores em Rondônia…


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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