coluna
Publicado: 15/07/2020 às 09h51min
O nacionalismo tem limites. Foi limitado pelos interesses pragmáticos trazidos pela globalização – um nome reciclado para “imperialismo” – pelo intenso intercâmbio entre mercadorias e a circulação de pessoas. Foi também vitimado pelas pandemias, pelos rigores climáticos e também, para pavor geral, por hordas de invasores verdes: os gafanhotos.
Soldados bem adestrados são sempre úteis, mas arsenais caros pouco podem na guerra sanitária e climática, para a qual até a moderníssima ciberguerra pouco pode, a não ser alertar ao maior número de pessoas. Apesar das boas intenções dos nacionalistas patrióticos, que atribuem as pressões internacionais a uma conspiração, sem examinar os motivos das queixas externas, sem corrigir os erros apontados nem tomar de imediato as providências cabíveis, de nada valerá gritar contra os gafanhotos verdes nem tomar cloroquina no almoço para vencer a pandemia.
Claro que as pressões externas são trombeteadas pelos concorrentes do nosso agronegócio. Quem amarra o acordo entre a Europa e o Mercosul são os agricultores de lá, tanto quanto quem manieta o presidente Donald Trump e o faz tomar repetidas ações contra o Brasil são seus produtores. No caso da Amazônia e do agronegócio brasileiro, trazer investimentos urgentes e ganhar clientes implica analisar as razões de quem pressiona. Só carimbá-las como conspirações não funciona.
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Eleições 2020
Com o novo calendário eleitoral já está em andamento para o pleito em 15 de novembro, a jornada em Porto Velho já conta com muitos nomes cogitados. Temos um primeiro pelotão, ou seja, os candidatos mais comentados no pedaço: 1- Deputado Federal Leo Moraes (Podemos) 2- Atual prefeito Hildon Chaves (PSDB) 3- Professor universitário Vinicius Miguel (Cidadania) 4- Deputado federal Mauro Nazif (PSB) 5- Vereadora Cristiane Lopes (PP).
Um listão
Mas a lista dos possíveis pretendentes ao Paço Municipal é grande pois ainda temos o deputado estadual Eyder Brasil (PSL), o ex-deputado federal Lindomar Garçon (Republicanos), o ex-deputado estadual Hermínio Coelho (PV),o advogado Ramon Cajui (PT), o jornalista Samuel Costa (PC do B),o advogado Ruy Mota (PDT), deputado federal coronel Chrisóstomo (PSL), empresário Fabricio Jurado (DEM), entre outros nomes ainda na moita e aguardando definições do cenário.
Coalizões
As principais coalizões – já em andamento – na capital serão capitaneadas pelo prefeito Hildon Chaves (PSDB) e deputado federal Leo Moraes (Podemos), considerados os nomes de ponteira e que vão se encontrar numa revanche, já que foram os dois que atingiram o segundo turno no pleito passado. As alianças começam a ser costuradas assim como é esperado também um nome para funcionar como terceira via para entrar na briga com os cachorros grandes.
As surpresas
Numa cidade como Porto Velho onde favoritismo não quer dizer muita coisa, os favoritos têm tombados sucessivamente em cada pleito. Lembram? Camurça virou sobre Everton Leoni, Sobrinho passou por cima de Mauro Nazif e este virou em cima de Garçom. Hildon Chaves saiu de baixo em 2016 como um foguete para derrotar Leo Moraes. Enfim, sempre na reta final temos um elemento surpresa, as vezes saindo da rabeira para se tornar o campeão. Por isto muitos partidos arriscando nomes novos nas paradas.
Segundo turno
Com tantos candidatos, fragmentando a votação já existe quase uma unanimidade que teremos um pleito em dois turnos na capital rondoniense, com seus 320 mil eleitores. A novidade é que o eleitorado dos 20 distritos aumentou muito, casos de União Bandeirantes e Jacy-Paraná, e não se sabe ainda como vão se comportar num momento que pleiteiam autonomia. Nas localidades interioranas os nomes mais falados são Leo Moraes, Hildon Chaves e Mauro Nazif já com bases fixadas e mais consistentes.
Via Direta
*** Com correção de rumos em vários segmentos e admitindo falhas, como ocorreu no combate ao desmatamento o governo Bolsonaro vai deixando o “negacionismo” de lado *** O general Mourão caiu como uma luva no Conselho da Amazônia e já está bem antenado com os problemas da região amazônica *** A Energisa levou cano de muitos clientes de residências alugadas ao longo da pandemia e agora quer cobrar a conta dos novos inquilinos que nada tem a ver com a coisa. Uma onda de queixas deve chegar ao Procon neste sentido *** O povão está longe do clima de eleição em Porto Velho e muitos candidatos a vereança estão se queixando da recepção do eleitorado *** É que os políticos estão maiss sujos do que poleiro – e ainda podem transferir o temido coronavirus para seus eleitores.
sobre Carlos Sperança
Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.