Porto Velho/RO, 07 Abril 2024 03:11:56

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 06/01/2017 às 06h10min

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Crimes de pistolagem

Lamentavelmente o ano de 2017 começa como foi o de 2016 em Rondônia, com crimes de pistolagem, violência nos presídios, roubos e..

Lamentavelmente o ano de 2017 começa como foi o de 2016 em Rondônia, com crimes de pistolagem, violência nos presídios, roubos e assaltos nas cidades, a expansão do crime no campo, seja pelas disputas pela terra ou roubo de gado e de equipamentos agrícolas.

A segurança pública é um calcanhar de Aquiles para a administração Confúcio Moura (PMDB) à espera do Plano Nacional de Segurança que não vem, das ações do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) com o Programa Terra Legal para trazer a tão desejada paz no campo. Ano após ano a situação de segurança só tem piorado no Estado, e as providências cabíveis cada vez menores.

O assassinato do ex-prefeito Neuri Persch, de Ministro Andreazza, é mais um crime brutal da pistolagem rondoniense, até então mais enraizada no Sul rondoniense e Vale do Jamari. Agora, a região do café, que é polarizada por Cacoal e Pimenta Bueno, assiste a violência tomar conta.

Rondônia se desenvolve economicamente, mas fica paralisado em indicativos, como de segurança pública e saúde, por coincidência hoje problemas que só aumentam em todo País.

O jogo de empurra

Nada mais lamentável que o jogo de empurra entre o governador do Estado do Amazonas, José Melo, e o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, no tocante à chacina de Manaus. De um lado, o governador enfatizando que a falta de proteção às nossas fronteiras contribui para a explosão do crime organizado e a violência nos presídios, enquanto que o representante do governo Temer alega que o governo do Amazonas tinha informações sobre a eclosão da rebelião, nada fez e deixou de comunicar o problema à esfera federal.Nada mais lamentável que o jogo de empurra entre o governador do Estado do Amazonas, José Melo, e o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, no tocante à chacina de Manaus. De um lado, o governador enfatizando que a falta de proteção às nossas fronteiras contribui para a explosão do crime organizado e a violência nos presídios, enquanto que o representante do governo Temer alega que o governo do Amazonas tinha informações sobre a eclosão da rebelião, nada fez e deixou de comunicar o problema à esfera federal.Ao invés de assumirem os erros, nossos governantes covardemente buscam o jogo de empurra. A chacina do Amazonas era uma tragédia anunciada, como foi a do Urso Branco, em Rondônia; a de Pedrinhas, no Pernambuco, onde se constatam celas superlotadas, o domínio do crime organizado e a comunicação farta por telefones entre as facções criminosas para planejar o tráfico, assalto a bancos, o contrabando de armas, etc.Com as facções criminosas em pé de guerra, os presídios brasileiros voltaram a tocar o terror, e nossas autoridades se mostram omissas e sem ação.

Fornada ruim

Uma das piores fornadas de prefeitos eleitos em Rondônia encerrou o mandato e passou o bastão para aqueles que assumiram dia 1º de janeiro. Dos principais colégios eleitorais do Estado de Rondônia, apenas o reeleito Jesualdo Pires (PSB-Ji-Paraná) sobreviveu, já que colegas, como Alex Testoni (PSD- Ouro Preto do Oeste) e Zé Rover (PP-Vilhena) chegaram até ser presos, enquanto que Padre Franco (PT-Cacoal) e Mauro Nazif (PSB-Porto Velho) passaram as contas deterioradas aos sucessores.
Foi uma das piores gerações de prefeitos da história de Rondônia. Compute-se a renúncia de César Cassol (PP) em Rolim de Moura, que deixou seu substituto em apuros para encerrar o mandato e a municipalidade largada – caso de Costa Marques – pelos mandatários e com salários atrasados.

Bons prefeitos em Rondônia tradicionalmente se elegem ao Senado e ao governo. Raupp, Bianco, Cassol e Confúcio foram ótimos prefeitos, como Amorim (na primeira gestão) e Melki (também na primeira gestão). Desta nova geração de prefeitos, pelo menos dois projetam esperança de um futuro radioso, além do reeleito Jesualdo: Hildon Chaves, em Porto Velho (PSDB); e Thiago Flores (PMDB) em Ariquemes.

 

 


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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