A dança dos caciques

As primeiras conversações entre os atores protagonistas das eleições do ano que vem já foram iniciadas visando às alianças. Na verdade todo mundo está conversando com todo mundo e os caciques por enquanto estão apenas sentindo o pulso de aliados e adversários para então iniciarem as tratativas que foram chutadas inicialmente para o mês de maio.

Nenhum candidato ao governo, e tampouco os prováveis postulantes ao Senado, pelo que se vê, tem interesse de antecipar o processo sucessório. Nomes cotados para a disputa do Palácio Rio Madeira, como Acir Gurgacz (PDT), Maurão de Carvalho (PMDB) e Expedito Júnior (PSDB), além dos cogitados ao Senado, casos do governador Confúcio Moura (PMDB) e o prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires (PSB), acham ainda muito cedo para acertos das coalizões. Candidato à reeleição ao Senado, Valdir Raupp (PMDB) está na pista visando angariar mais um mandato.

Acredita-se também que até meados do ano que vem poderão aparecer outros nomes dispostos a enfrentar as pelejas ao governo e ao Senado, alterando o quadro político vigente.

A impunidade

Sem dúvidas, o projeto apresentado em regime de urgência na Câmara dos Deputados para vedar a possibilidade de punição às legendas que tenham suas contas rejeitadas pela justiça era um retrocesso na luta pela moralização da moral e bons costumes políticos neste País. Felizmente a mesa diretora do Parlamento brasileiro – pressionada – reconheceu o exagero e retirou a matéria da pauta.

Código de posturas

Dos últimos prefeitos de Porto velho, sem dúvidas Hildon Chaves (PSDB) é o que mais segue o código de posturas. Seja na retirada de camelôs nas calçadas a demolição de casebres à beira dos igarapés, a atual administração age sem piedade. Vem muita demolição por aí, afinal são centenas de construções irregulares nas áreas de proteção ambiental.

Investigação

As construtoras que ergueram as moradias populares em Porto Velho e Rondônia nos últimos anos, dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, deveriam ser investigadas pelos erros e abusos cometidos nos conjuntos habitacionais. São centenas de casas em residenciais e apartamentos com rachaduras, infiltração, problemas de esgotamento sanitário, etc.

A cumplicidade

É uma tradição em Rondônia, construtoras e empreiteiras de estradas, pontes e viadutos contar com a cumplicidade da fiscalização das prefeituras municipais, do governo do Estado e da própria Caixa Econômica Federal. Se a fiscalização tivesse atuado com rigor, tantos milhões de prejuízos teriam sido evitados para o erário público. O rachachá deve ter sido grande!

Uma rotina

Tem sido uma rotina em Rondônia as empreiteiras angariar obras de pavimentação, construção pontes, viadutos, passarelas, escolas, creches, conjuntos habitacionais, receber uma boa parcela de pagamento adiantado e abandonar o serviço. Mesmo sendo um golpe comum em todo o Brasil continua acontecendo nestas bandas, sob a omissão das autoridades.

Via Direta

*** Enquanto a nova rodoviária de Porto Velho não tem sequer data para ser iniciada, outros municípios estão inaugurando novos terminais no interior *** Candeias e Nova União, com auxílio de emendas parlamentares, estão com rodoviárias novas *** Os servidores das pastas de Obras e Serviços Públicos se queixam da falta de urbanidade da população na capital ***Com toda razão: eles limpam as ruas pela manhã, e à tarde já estão repletas de entulhos.