coluna
Publicado: 13/11/2016 às 06h10min
Apupado pela população e pela imprensa, o governador Confúcio Moura foi a Brasília, de pires na mão, carrear recursos para conter a explosão da criminalidade em Rondônia. A crise na segurança pública vem desde o ano passado, e estourou de vez em 2016 com a entrega dos cargos de confiança dos delegados agastados com o desaparelhamento das delegacias – e até a falta de material de expediente.
Em meio ao anúncio do presidente Michel Temer de investir R$ 1,2 bilhão na segurança dos brasileiros, no ano que vem, o mandatário rondoniense foi bem-sucedido na tarefa de obter apoio do Ministério da Justiça para minorar a situação do Estado, envolto com os efeitos do alarmante tráfico de drogas, que se alastra nas cidades; e dos sérios conflitos na disputa das terras no campo.
A audiência com o ministro Alexandre de Moraes e a liberação dos recursos para conter a violência deixaram o governador mais otimista na busca de melhorar a situação das delegacias, dos presídios e dos demais organismos de segurança no Estado.
Caça às bruxas
Pelo entrosamento das equipes de transição do atual prefeito Nazif (PSB) e do futuro prefeito Hildon Chaves (PSDB) está afastada a possibilidade de uma caça à bruxas pela futura gestão. Este negócio de botar curto na administração adversária, de rolar auditoria até o talo, etc, etc, está cada vez mais distante. Foi mais retórica de campanha, depois, tal qual Obama e Donald Tramp, todo mundo pula cirandinha!
A intervenção
Precisou da intervenção do Ministério Público de Contas (MPC) de Rondônia para conter a voracidade dos vereadores de Porto Velho que queriam reajustar os seus salários de R$ 12 para R$ 18 mil. Além da Justiça, os novos vereadores, como Ada Dantas, se posicionaram contrários à ambição desmedida de políticos mais tradicionais da Casa de Leis, como o falastrão Edwilson Negreiros.
A repercussão
Repercute em todo o País a condição do municipalismo em apuros com tantos prefeitos ladrões e a inédita situação de Vilhena com o prefeito, vice e carrada de vereadores presos por maracutaias. Em Rondônia, a maioria dos prefeitos tem problemas com a Justiça, e durante os últimos anos pelo menos uma dúzia de prefeitos e ex-prefeitos foi em cana. Estão mal afamados como deputados e sindicalistas.
Menos partidos
Pelo Facebook, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) se posicionou favorável à PEC que reduz o número de partidos no País. O tema é polêmico porque as siglas de aluguel cresceram as asas nas eleições deste ano, elegendo prefeitos em várias capitais. Parlamentares destas legendas estão firmando posição contrária à redução. Vamos ver quando o projeto chegar ao plenário para votação.
A transição
Com a transição entre a atual gestão do prefeito Mauro Nazif e do futuro prefeito Hildon Chaves, será possível a nova administração avaliar a quantos anda a real situação da municipalidade de Porto Velho, e o que será possível fazer nos próximos anos. Uma coisa é certa: Chaves assume pressionado com as alagações. As primeiras chuvas já mostraram os efeitos da falta de drenagem.
Via Direta
*** Quem será que está acobertando a fantasmarada em órgãos públicos estaduais? ***É coisa dos políticos tradicionais – aqueles que o povo repudia – e a coisa já está estourando do governo até a ALE *** Em meio à transição se vê uma disputa de cargos encarniçada para a gestão do futuro prefeito Hildon Chaves *** Amorim, o suplente, se deu mal e não conseguiu depor o deputado Garçon do poleiro, na Justiça *** Que se contente com o cargo de vereador em 2017.
sobre Carlos Sperança
Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.