Porto Velho/RO, 24 Março 2024 05:04:00

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 19/08/2020 às 08h58min | Atualizado 19/08/2020 às 09h28min

A- A+

Embate entre os nacionalistas e ultraliberais colocam o presidente Bolsonaro na parede

O que não pode vazar O confronto interno entre a ala militar nacionalista e a ultraliberal se escancarou ao público após a debandada..

O que não pode vazar

O confronto interno entre a ala militar nacionalista e a ultraliberal se escancarou ao público após a debandada desta última, pondo o presidente Jair Bolsonaro na parede. Ao exigir que o governo escolha entre obedecer ao teto de gastos ou o furar mirando o pleito de 2022, o “grupo de Chicago”, a trupe do ministro Paulo Guedes, da Economia, expôs o que não era para vazar: alas internas lutam ferozmente para assumir a hegemonia do governo, aproveitando a bipolaridade de Bolsonaro, que ora critica, ora afaga, nomeia hoje e demite amanhã.

Uma saída para o problema seria proclamar um governo de coalizão com as principais forças do Congresso, para aplicar uma agenda mínima e debater francamente os pontos controversos. Agora mesmo o Sebrae Rondônia, que organiza para o fim de setembro o evento Agrolab Amazônia, fornece ótimos exemplos de como é possível promover um debate aberto sobre o principal, apresentando ideias, produtos e opções.

O evento, sobre os rumos da Amazônia, tem ótimas qualidades que o governo poderia aproveitar. Uma, a disposição para encontrar meios de agir sem se deixar amarrar pela crise e pela pandemia, que não podem ser desculpas para omissão e descuido. Outra, a interatividade: abrir o debate e não tentar escondê-lo do público. A Lei de Murphy, aplicada a governos, reza: tudo o que não puder vazar será inevitavelmente vazado.

………………………………………………….

Cartão postal

Com recursos do consorcio Santo Antônio e a gestão do prefeito Hildon Chaves (PSB), começa saltar aos olhos um novo cartão postal de Porto Velho: a urbanização do Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, o antigo projeto beira-Rio do prefeito Chiquilito Erse nos anos 90. A obra segue e já mudou a feição da região portuária e promete ser a redenção do centro histórico com os reflexos  benfazejos para o lazer e turismo  e para a população de todo o estado.

Bom legado

Mesmo com a pandemia do coronavirus desde março, o prefeito Hildon Chaves, que desistiu do seu projeto de reeleição vai deixar um bom legado da sua administração, o que vai lhe conferir uma candidatura competitiva para a Câmara dos Deputados em 2020, já que seu grupo político tem Expedito Junior projetando uma candidatura ao Senado e Marcos Rogério (DEM) a sucessão do governador Marcos Rocha.

Mais um

Já tinha divulgado na semana passada 20 nomes de possíveis candidatos a prefeitura em Porto Velho e agora surgiu mais um. O deputado estadual Anderson Pereira, com a bandeira do PROS. Temos tudo para bater um recorde histórico de candidatos na eleição de 15 de novembro. E olhe que alguns pretendentes caíram pelo caminho, como Kazan Roriz, Hermínio Coelho, Vanderley Oriani, Edgar do Boi. Tudo mundo apostando em surpresas no pleito.

Agressão em Jaru

Replico na coluna a nota de repudio do Sindicato dos Jornalistas (Sinjor) contra a tentativa de agressão do secretário da Agricultura Evandro Padovani  ao radialista Roni Freitas da PlanRádio no município de Jaru. Até hoje Padovani, com grande atuação na pasta da agricultura desde o governo Confúcio Moura, mantinha uma conduta irreparável. De asas crescidas, veio também a arrogância, a intolerância as críticas. Padovani arranhou sua imagem que era muito boa diga-se de passagem. Xô Padovani!

Frente de Esquerda

O encontro mantido no final de semana entre os pré-candidatos do PC do B Samuel Costa e do PSOL Pimenta de Rondônia a prefeitura de Porto Velho pode ser um embrião de uma Frente de Esquerda para as eleições deste ano. Vamos ver se a aliança avança, uma coisa é certa o PT ainda acredita que tem chances de voltar a crescer na capital com Ramon Cajui e jamais vai ceder a cabeça de chapa para algum partido. Em São Paulo o PC do B já se afastou de Lula e dos petistas, acham que o PT  é coisa do passado e o PSOL é considerado um PT “retrô.

 

Via Direta

*** Os candidatos a prefeitura de Porto Velho começam a apresentar suas primeiras propostas, como é o caso de Fabricio Jurado (DEM), que defende um aterro sanitário Já *** Os demais nem falam de seus planos de governo por enquanto embora Ramon Cajuí (PT) já tenha o seu na ponta da língua *** Os políticos gostam de acertar a cara dos radialistas e jornalistas quando criticados, a coisa vem de longe em Rondônia ***  O ex-prefeito de Ariquemes Amorim, hoje mais civilizado, na década de 80 invadiu uma rádio em Ariquemes e desceu peia  no focinho de um desafeto *** Em Porto Velho radialistas e jornalistas também já apanharam de políticos truculentos. É coisa de louco *** Com mais uma campanha política andando, o pessoal de imprensa que se cuide, torcida brasileira.

 


Deixe o seu comentário

sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

Arquivos de colunas