Porto Velho/RO, 25 Março 2024 19:32:07

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 21/01/2020 às 08h17min

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Honrar compromissos está difícil num cenário econômico retraído

Ordem na casa Um dos absurdos da polarização ideológica é considerar o meio ambiente como bandeira da “esquerda” e a economia como..

Ordem na casa

Um dos absurdos da polarização ideológica é considerar o meio ambiente como bandeira da “esquerda” e a economia como território da “direita”, quando até os conceitos de esquerda e direita pouco significam, tantas são as fações que reivindicam pertencer a um desses bandos sem forma ou consistência real.

No mundo real, a direita rica, que se reúne anualmente em Davos, na Suíça, elegeu o meio ambiente como preocupação principal, enquanto os movimentos supostamente de esquerda se preocupam em amenizar os desastres das finanças.

Atualmente se fala em tratar o caso dos créditos de carbono apenas como questão econômica, sem o “viés” ambiental. Esse entendimento, que divide quando deveria unir, revela-se ridículo pela própria origem do que seriam, de um lado, a milícia ambiental, e, de outro, os exércitos do sistema produtivo. As palavras “ecologia” e “economia” têm a mesma raiz: eco significando lar ou casa, ou seja, o lugar onde vivemos.

Não faz nenhum sentido considerar uma coisa separada da outra. O Fórum Econômico Mundial tratou de mostrar o quanto elas se parecem os dois lados da mesma moeda: seu Relatório de Riscos Globais 2020 aponta que não frear o desmatamento pode levar a perdas acima dos US$ 3 trilhões (R$ 12,5 trilhões) nos próximos trinta anos. O ruim da ecologia vira pior na economia. Hora, portanto, de botar ordem na casa. 

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Até maio

O cara-pálida eleitor tem até 6 de maio para regularizar seu título cancelado perante a justiça eleitoral. É o mesmo prazo para emissão de título e alteração de domicilio eleitoral. Enfim, quem não se regularizar a tempo não poderá votar e terá o inconveniente de pagar uma multa e sofrerá outras restrições, como o uso de passaporte, negócios com órgãos públicos etc. Fique ligado.

Fundo partidário

Ainda em fase de criação com a coleta de 492 mil assinaturas para se regularizar perante o Tribunal Superior Eleitoral-TSE, o comando da Aliança Pelo Brasil, novo partido do presidente Jair Bolsonaro garante que não vai usar os recursos do Fundo Partidário, estimado em R$ 2 bilhões e que tanto desgaste tem gerado junto a classe política para as eleições municipais de outubro. A legenda pretende eleger 100 deputados em 2022 e então terá uma fatia gorda do fundo.

Os compromissos

Honrar os compromissos está cada vez mais difícil num cenário econômico retraído, onde iniciamos o ano já com dificuldades para todos os brasileiros. Ainda são 61 milhões no País com nome sujo por causa da inadimplência lutando para se reabilitar e voltar a consumir nas lojas. Em Porto Velho a situação não é diferente, o ano começa com o dinheiro curto, reservado para pagar IPTU, IPVA, materiais escolares etc.

Recursos do IPTU

Com descontos de até 20 por cento até o dia 31, estão sendo entregues os carnês de IPTU pelo correio em Porto Velho. A Secretaria da Fazenda tem a expectativa de arrecadar R$ 24 milhões – seria bem mais se o calote não fosse tão grande em época de crise – cujos recursos serão destinados a obras de infraestrutura na capital rondoniense que completa mais um aniversário de instalação neste dia 24 – e com grande malha viária a ser recuperada na zona rural.

A conclusão

A bancada federal do Acre, com seus oito deputados federais e 3 senadores lidera os esforços junto às esferas econômicas do governo Bolsonaro para a liberação de recursos para a conclusão da ponte sobre o Rio Madeira na região do Abunã em Rondônia. Como a necessidade faz o sapo pular, o receio de uma nova enchente causando desabastecimento ao vizinho estado, envolve todas as lideranças políticas e empresariais do estado vizinho.

 

Via Direta

***Aumentos da carne, gasolina e gás de cozinha provocaram reajustes em cascata nos restaurantes de Porto Velho nos últimos dias *** Casas espetaculares em condomínios de luxo indicam recentemente a prosperidade dos barões da soja, do ouro, das redes de farmácias, dos políticos, de supermercadistas, e do alto escalão do funcionalismo público em Rondônia *** Enquanto isto, o Zé Povinho enfrenta dificuldades para financiar casas populares nas instituições financeiras *** China e Estados Unidos voltaram a pular cirandinha e quem levou na cabeça com o novo acordo foi o Brasil em suas exportações de soja e carnes de porco e de aves *** Com as desistências em disputar a prefeitura da capital do ex-governador Daniel Pereira (Solidariedade) e possivelmente de Hildon Chaves (PSDB), a coisa ficou confortável para Leo Moraes, Nazif das Arábias e Vinicius Miguel.  

 


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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