Porto Velho/RO, 26 Março 2024 17:03:46

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 26/05/2019 às 14h39min | Atualizado 26/05/2019 às 15h18min

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Inimigos do passado, são amigos hoje e defendem a mesma pauta

Ratos ainda à solta As brigas internas entre alas do governo prejudicam tanto o país que os investidores não se sentem seguros,..

Ratos ainda à solta
As brigas internas entre alas do governo prejudicam tanto o país que os investidores não se sentem seguros, destroçam o capital político obtido pelo nas urnas pelo presidente Bolsonaro e atrapalham o debate sobre projetos importantes e a retomada da pauta infraestrutural.
É o caso do Projeto Barão do Rio Branco, que prevê obras de infraestrutura na Amazônia tais como a construção de uma usina hidrelétrica do rio Trombetas (Oriximiná), no prolongamento da BR-163, que vai de Santarém (PA) até a fronteira com o Suriname, e a construção de uma ponte elevada com 1,5 quilômetro de extensão em Óbidos (PA).
Nota-se o estrago que as brigas “ideológicas” produzem na fluência da gestão pelo Projeto Rio Branco, um nome não tão novo para o desenvolvimento do Programa Calha Norte, criado em 1985 com duas finalidades principais: aproveitar os recursos amazônicos para alavancar o desenvolvimento e estancar o apetite estrangeiro pelo controle da região.
Não interessa ao povo e às forças econômicas se o país será dirigido pelo presidencialismo de coalizão, semipresidencialismo ou parlamentarismo. Como já dizia o iniciador da arrancada chinesa, Deng Xiaoping, não importa se o gato é amarelo ou preto, mas que cace os ratos. No Brasil, eles ainda estão à solta.
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Tão amiguinhos!
Quem vê atualmente os governadores do Acre Gladson Cameli e de Rondônia Marcos Rocha tão amiguinhos e pulando cirandinha, jamais seria capaz de imaginar que há quase 4 décadas o pau quebrou feio entre os dois estados com a chamada epopéia do Abunã, quando a governadora Yolanda Fleming invadiu e ocupou a região de Extrema e Nova California com tropas da PM.A regiao conflitada era alvo de disputa na justiça.

Até os dentes.
Na “guerra” entre os dois estados, o então governador Jerônimo Santana acusado de frouxo e banana pela oposição, se armou até os dentes para expulsar os acreanos. Na verdade, até hoje, pela proximidade, as localidades daquela região tem mais identidade com Rio Branco do que Porto Velho, como é o caso de Humaitá, no Amazonas, que prefere manter vínculos mais estreitos com a capital rondoniense do que com Manaus.

Todo cuidado!
Por falar em políticos frouxos e bananas é bom os opositores de plantão terem cuidado com o que falam. O ex- governador Ivo Cassol e o então presidente da Assembléia Legislativa Hermínio Coelho bateram anos de que o então governador Confúcio Moura era frouxo, mas levaram a pior na peleja com o mandatário. Cassol e Hermínio fraquejaram e El Carecón cumpre mandatos seguidos até hoje, agora como senador.

Tumba de prefeitos
Considerado cemitério de prefeitos, porque muitos acabaram encerrando a carreira política desgastados com a opinão pública, o Paço Tancredo Neves há muito é alvo de superstição. Lembro que no mandato do prefeito Roberto Sobrinho (detentor de popularidade elevada na época) os macumbeiros a mando de adversários fizeram missa negra na entrada no prédio. Pastores e padres benzeram o prédio

A crença de Camelli
O governador do Acre Gladson Cameli que veio copiar para seu estado o modelo da Rondonia Rural Shou em Ji-Paraná se manifestou otimista com a conclusão da ponte do Abunã e até numa possivel duplicação da BR- 364. São obras alvo de contigenciamento de recursos da União e em Rondônia não se acredita mais nem na ponte binacional de Guajará, tampouco na Usina Hidrelétrica de Tabajara tão cedo.

Via Direta
*** O prefeito Hildon Chaves (PSDB) aproveita bem o verão. Existe uma dezena de frentes de obras espalhadas pela cidade, de limpeza a pavimentação *** O período das chuvas passou e alcaide aproveita os dias de sol para recuperar a popularidade *** Trocando de focinho de porco para tomada: A Rondônia Rural Show foi um grande palco para os políticos se confraternizar e angariar votos do povo em Ji-Paraná *** Só que muiutos populares olhavam torto para alguns políticos, casos daqueles mais sujos do que pau de galinheiro.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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