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Carlos Sperança

coluna

Publicado: 25/06/2018 às 10h16min

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Nem ditadura, nem guerrilha

Pênalti em Gabriel Jesus, empurrão em Miranda, gol ilegítimo e a impressão de ser roubado são sensações que o Brasil viveu no..

Pênalti em Gabriel Jesus, empurrão em Miranda, gol ilegítimo e a impressão de ser roubado são sensações que o Brasil viveu no início da Copa do Mundo, mas a Amazônia sofre há longo tempo. São impressões que se agigantam frente a notícias negativas como as pressões sobre os incentivos fiscais e a denúncia contra a empresa americana Sambazonde acessar patrimônio genético do açaí sem autorização.

Para ampliar as sensações desconfortáveis de pirataria, um ato ditatorial foi praticado: o decreto presidencial relativo ao IPI sobre os concentrados feriu a Constituição, segundo os mais experientes tributaristas.

Frente a essa medida, que lembra ditaduras, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, propôs a adoção de uma “tática de guerrilha” no Congresso. Uma das diversas ações de resistência à ditadura sangrenta, a guerrilha ficou longe de ser a melhor. A tática vencedora foi denunciar os crimes e a corrupção do autoritarismo e defender o Estado de direito.

Para a juventude que anseia por liberdade, justiça e boa governança, nem a volta da ditadura nem ações de guerrilha interessam, dentro ou fora do Congresso. O passado não pode voltar como a tragédia que foi nem como a farsa que os inimigos do Brasil livre pretendem.

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Eleições 2018

Com informações contraditórias de todos os lados, mesmo com a Copa do Mundo rolando solta, a campanha 2018 não arrefeceu. E já começam a se desenhar as principais coalizões partidárias, mesmo com as idas e vindas, enquanto algumas pendências judiciais ainda são aguardadas para dar o tom final nos entendimentos vigentes. Estamos no afunilamento do processo.

Opção Expedito

Já com o senador Ivo Cassol fora do páreo à opção natural da aliança PR/PP seria o ex-senador Expedito Junior (PSDB). No entanto até agora ele não confirmou a disposição de assumir a candidatura majoritária. Outra informação a confirmar seria a arriscada iniciativa do deputado federal Marcos Rogério (DEM) disputar o Senado num confronto com Jesualdo Pires (PSB) na região central.

Nas convenções

A grande verdade é que as principais definições só deverão ocorrer nas convenções partidárias que começam dia 20 de julho e seguem, até o dia 5 de agosto com o prazo de registro das candidaturas até o dia 10 do mesmo mês. Se as definições majoritárias custam a se concretizar ainda são a coligações para a Câmara dos Deputados que se definem, mas numa gangorra diária.

Blitz de Acir

O senador Acir Gurgaz, pré-candidato do PDT ao governo do estado, numa aliança com o PSB e outras agremiações partidárias fez uma verdadeira blitz no final de semana, com uma série de reuniões e uma baita peregrinação pelos meios de comunicações, entre jornais, sites e televisão. Uma blitz que a fez retomar a confiança da sua coalizão e saltar a frente nas pesquisas.

MDB rachado?

O que durante todo o ano vinha sendo especulado é o que esta sendo constatado mais do que nunca neste estágio da campanha a menos de um mês do início das convenções partidárias: O MDB de Rondônia ainda esta rachado. Parte fechada com Maurão, outra parte buscando ingressar num bloco alternativo. Unir as bases é essencial para a peleja que se avizinha.

Jogos de estratégia

Os jogos de estratégia seguem. Cassol se unindo a Junior, apostando num racha da coalizão que elegeu Confúcio duas vezes ao governo do estado. Havendo mais uma vez a união dos partidos da coalizão em torno de uma só candidatura governista dificilmente o cassolismo voltará ao poder. Mesmo porque o tucanato esta mal nas pernas na capital, aonde temos um terço do eleitorado do estado.

Via Direta

*** Já esta em marcha a operação tapa buracos ao longo da BR 364 através do Dnitt rondoniense *** Em ano político, o órgão esta fazendo bem o seu papel, com viadutos, dragagem e outras obras significativas em andamento ou até mesmo a conclusão *** Trocando de focinho de porco para tomada: a banana consumida em Rondônia vem de Minas, do Ceasa de SP e até da distante Rio Grande do Norte *** Ainda estamos longe de obter a autonomia no abastecimento.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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