Porto Velho/RO, 19 Março 2024 09:22:30

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 18/02/2019 às 08h42min

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Os serviços de transportes coletivos bagunçaram em  Porto Velho

Cheias no Madeira As impressionantes cheias do Rio Madeira não são castigos divinos ou de uma natureza insensível ao sofrimento humano...

Cheias no Madeira

As impressionantes cheias do Rio Madeira não são castigos divinos ou de uma natureza insensível ao sofrimento humano. Como é possível achar respostas para o crime em geral e a corrupção em especial cumprindo a ordem principal do ministro Sergio Moro – “Siga o dinheiro!” –, também se pode seguir o caminho das águas e encontrar explicações.

O Reality Nascentes da Crise, do jornalista Diego Gazola, seguiu. Partindo de Santa Cruz de la Sierra, filmou a expedição rumo ao Beni, um dos rios que formam o Madeira. A umidade amazônica faz uma curva ao se chocar com os Andes e desce o continente banhando a parte centro-sul da América do Sul. Gazola viu que os períodos de cheia em Rondônia refletem a umidade que deixa de migrar para o centro-sul da América do Sul e é a causa das secas cada vez mais severas que acontecem lá.

Neste caso, seguiu também o estudo “O Futuro Climático ”, do cientista Antonio Donato Nobre, do Inpe. O documentário percorre a transição entre a Amazônia e os Andes na região de La Paz e do Lago Titicaca, passando pelo berço de Tihuanaco, uma das civilizações mais antigas do continente. Nada a ver com o Triplo A, embora diga muito sobre realidades que passam ao largo das fronteiras nacionais.

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Pagando pato

Caberá ao agronegócio, nos estados que entraram em pane, pagar o pato pela crise fiscal, com o aumento de impostos, como já ocorre no Mato Grosso e Tocantins, com a mesma toada  que deve seguir o Rio Grande do Sul e outras unidades da federação em dificuldades. Em Rondônia não se justifica uma medida desta natureza – embora não se descarte já que com políticos tudo é possível – já que as contas estão no azul.

Dar as mãos

Neste momento difícil em que Porto Velho esta passando, de muita chuva causando alagações e com a cheia do Madeirão atingindo bairros e distritos é importante que a população e as lideranças se unam em torno do prefeito Hildon Chaves, do governador Marcos Rocha e das defesas civil municipal e estadual para enfrentar esta situação. É preciso dar as mãos, o que tem sido um objetivo difícil nesta cidade tão dividida.

As tensões sociais

Já faz algum tempo que Rondônia é tratada como colônia sulista pelo governo central, se transformado num penico das tensões sociais causadas pelo crime organizado do Rio de Janeiro e São Paulo. A transferência do líder narcotraficante Marcola para Porto Velho é mais um rastilho de pólvora neste estado. Com seu bando, vem junto asseclas para a retaguarda.

Mãe Joana

Os serviços de transportes coletivos bagunçaram tanto em  Porto Velho que os taxistas já estavam legislando até nas alterações no designer dos seus veículos. Mesmo sabendo-se que o táxi compartilhado é ilegal, o segmento foi tolerado pela fiscalização pela falta de coletivos rodando pela capital, mas agora o bicho já esta pegando com apreensões dos táxis irregulares.

Bancada unida

O que se vê, neste inicio de legislatura no Congresso Nacional, são os deputados federais e senadores unidos em torno de causas comuns, como a reação contra o brutal aumento de energia em Rondônia, a recuperação das rodovias, a busca de soluções para a transposição e para a dívida do Beron. As rivalidades tribais foram chutadas para as eleições municipais do ano que vem.

 

Via Direta

*** A penitenciária federal Porto Velho, como se sabe, esta sob ameaça de ataque das milícias do crime organizado *** O que se pergunta é se a poderosa São Paulo afinou, Rondônia conseguirá manter o bando de Marcola em rédeas curtas?*** Os pontos comerciais continuam fechando até no centro histórico aonde as cracolândias aumentaram e até o camelódromo desidratou com tantas salas falidas *** Agora, sem foro privilegiado a batata esta assando para o ex-senador Raupp (MDB).


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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