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Carlos Sperança

coluna

Publicado: 05/11/2016 às 06h10min

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Pulando cirandinha

Muitos chegaram a se espantar com a rápida aproximação do prefeito eleito Hildon Chaves (PSDB) com o governador Confúcio Moura (PMDB)..

carlao-coluna-05-11-16-copyMuitos chegaram a se espantar com a rápida aproximação do prefeito eleito Hildon Chaves (PSDB) com o governador Confúcio Moura (PMDB) aliado de adversários. Mas foi justamente assim que o então prefeito Chiquilito Erse (PDT) teve sucesso na sua gestão, na década de 80, ao buscar logo que eleito parceria com o rival, o então governador Jerônimo Santana.

No mais, a necessidade faz o sapo pular. O amadurecimento das lideranças políticas na celebração de parcerias só vai beneficiar a capital tão carente de infraestrutura e tanto num lado como noutro lado existe a questão da sobrevivência política. Confúcio é um provável candidato ao Senado em 2018, Hildon Chaves, entusiasmado com o início da carreira, antevê grandes saltos no futuro.

A grande expectativa desta parceria é a continuidade do projeto multieventos na região do aeroclube. Confúcio e Chaves querem ressuscitar o projeto, onde serão construídos o centro de convenções, estádio, o espaço das exposições agropecuárias. Se é assim, pois então que pulem cirandinha!

A progressão de pena

O deputado Júlio Campos (PRB-GO), relator geral da Comissão Especial que analisa o projeto de reforma do Código de Processo Penal, defende mais rigor na progressão de pena e concessão de indulto e perdão aos presos. Ele entende que a Lei de Execuções Penais apresenta fragilidades que dificultam a permanência na prisão de autores de crimes graves.O deputado Júlio Campos (PRB-GO), relator geral da Comissão Especial que analisa o projeto de reforma do Código de Processo Penal, defende mais rigor na progressão de pena e concessão de indulto e perdão aos presos. Ele entende que a Lei de Execuções Penais apresenta fragilidades que dificultam a permanência na prisão de autores de crimes graves.Para o relator, já é difícil condenar o bandido no Brasil. E depois que o condena a lei traz tanta generosidade que o detento não fica preso. Ele citou como exemplo a progressão de regime e a concessão de indulto, de perdão e outros benefícios pós-condenação. Atualmente, para o crime hediondo, basta cumprir 1/6 da pena. Um homicídio simples tem pena de 12 anos, mas se estiver estudando dentro do presídio, ele ainda conta com o instituto da remissão de pena e com tudo isso vai ficar preso apenas um ano e meio.O deputado ainda é autor da proposta que aumenta o tempo de cumprimento de penas privativas de liberdade e o prazo para concessão de livramento e para a progressão do regime de cumprimento de pena.

Situação alarmante

Aumentar o efetivo de policiais, ampliar os investimentos em equipamentos de segurança pública e bloquear o sinal de celulares nos presídios, de onde sai a maioria das decisões de assaltos em Rondônia, são algumas medidas propostas pelo sindicato dos delegados para reduzir a incidência alarmante da criminalidade no Estado. Conforme a entidade, que recentemente publicou um levantamento sobre a situação, o registro de assaltos cresceu em todo o Estado, e em alguns municípios atingiu o espantoso índice de 500%.

O documento elaborado pela entidade que congrega os delegados de polícia, e que sintetiza a triste situação da segurança pública em Rondônia, registra alguns municípios mais penalizados nas ocorrências, como são os casos de Porto Velho, Ariquemes, Cacoal e Rolim de Moura.

E se a situação nas cidades não é boa – e tudo é agravado pelo tráfico de drogas – na zona rural a violência tem sido intensa, tanto pelos conflitos fundiários quanto pelo roubo de gado e de equipamentos agrícolas em sítios e fazendas. Até quando Rondônia?

 


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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