Reabertura do complexo da EFMM gera grande expectativa

Caindo na real

Na ficção, Hulk, o monstro verde criado por Stan Lee, é a personalidade sombria e violenta separada do gentil e pacífico cientista Bruce Banner. Depois da morte de Lee, o monstro continua verde e forte, mas já usa os óculos e o bom senso do dr. Banner. O ator que encarna Hulk/Banner, Mark Ruffalo, desenvolve na vida real uma luta heroica em defesa do meio ambiente e costuma golpear com a força do monstro fictício os presidentes brasileiros que julga descuidados com a Amazônia.

Já foi assim com Jair Bolsonaro e agora é com Lula da Silva, a quem acusou de não ser ousado na definição de metas para a proteção da floresta. Nos dois casos o ator e ativista ambiental considerou que o chefe de Estado do Brasil tem autonomia plena para resolver tudo sobre a região, embora se trate de território multinacional. A declaração de Belém, resumo da Cúpula da Amazônia, não foi o documento dos sonhos do governo brasileiro, mas o angu possível cozido no caldeirão diplomático.

Fora dele, cada um dos governos com porções amazônicas precisa se empenhar em criar políticas especificas para sair do texto genérico e cair na realidade das tragédias sociais e ambientais do cotidiano. Só políticas sociais aprimoradas evitarão que a pobreza seja o ambiente de recrutamento de servos para o crime organizado. Os Vingadores de Lee não vão pular da ficção para cumprir o papel de socorrer quem sofre e combater o crime.

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Grande expectativa

É cercada de grande expectativa a reabertura do Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, situado as margens do Rio Madeira, prevista para outubro. A obra representa muito para a redenção do centro histórico de Porto Velho que tem sofrido terrivelmente com abandono e fraco movimento no comércio lojista. Ao mesmo tempo a Estrada de Ferro Madeira Mamoré é considerada a grande cartada das esferas governamentais rondonienses para vitaminar o turismo no Estado, que ainda é muito limitado também no interior, onde se destaca o Forte Príncipe da Beira, em Costa Marques.

Forte concorrência

Infelizmente quando se trata de turismo na Amazônia, os turistas estrangeiros nem colocam Porto Velho no roteiro e agora as coisas pioraram de vez com a insegurança e as alternativas de voos limitadas pelas empresas aéreas. Enfrentar a concorrência na Amazonia, com Manaus e Belém, não é fácil, mas com criatividade os parques das aguas em Ouro Preto do Oeste e Cacoal tem conseguido bons resultados, atraindo pacotes de visitas de turistas acreanos e matogrossenses. Infelizmente Rondônia engatinha no setor turístico e o maior avanço foi a recente publicação de folhetos e totens de localização. É muito pouco.

Muitos entraves

Na verdade, a própria capital tem seus entraves para o fortalecimento do turismo. Começa pela suspensão de vários voos para outras regiões do País, a falta de um bom centro de convenções para o turismo de negócios, a falta de treinamento para atender o comércio lojista, que se sabe que pratica um péssimo atendimento, os taxistas que não sabem fornecer informações sobre aspectos turísticos aos visitantes e a omissão das esferas governamentais em fornecer cursos que poderiam ser alinhados com a Câmara dos Diretores Lojistas e a Fecomércio para treinamento de pessoal.

Assembleia Itinerante

Dentro do programa de interiorização da Assembleia Legislativa do Estado, a casa de leis se instala nas dependências da exposição agropecuária de Machadinho do Oeste, nesta quinta-feira, para mais uma assembleia itinerante. As causas de Machadinho e do Vale do Jamari, que conta com forte representação do Poder Legislativo estadual, entram em debate. Na cidade existe uma enorme ansiedade quanto ao início da construção da Usina Hidrelétrica de Tabajara que vai reforçar a geração de energia para Rondônia e o Norte, se transformando numa das usinas mais importantes depois de Santo Antônio, Jirau e Samuel.

Voos no Amazonas

Enquanto o estado de Rondônia perdeu voos, sendo as cidades mais prejudicadas Porto Velho, Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena, o estado do Amazonas ganhou uma penca. Terá mais dois voos para o Rio de Janeiro pela Latan e vários municípios do interior serão atendidos por empresas menores. O interessante da coisa é que o Estado do Amazonas sofreu significativa queda na sua arrecadação e limitou seus gastos em 25 por cento para os próximos anos e mesmo assim ofereceu vantagens as empresas aéreas. Rondônia, que festeja aumento na arrecadação, perde importantes voos para Manaus e Cuiabá

Via Direta

*** Recuperando a saúde, o senador Jayme Bagatolli (PL-RO) promete voltar a atividade nas próximas semanas no Congresso Nacional *** Quem trabalha com a política tem que ter coração forte, com tantos sobressaltos que ela proporciona ***Ampliando sua exposição na mídia, o ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos) dá toda pinta que vai entrar na disputa pela prefeitura de Porto Velho no ano que vem *** Ele integra o primeiro pelotão de favoritos, ao lado de Mariana Carvalho (Progressistas) e Fernando Máximo (União Brasil) *** Segundo o deputado estadual Ezequiel Neiva (União Brasil-Cerejeiras), a pavimentação da rodovia do boi vai de vento em popa. Ao todo serão 84 quilômetros conectando os municípios do Cone Sul rondoniense.