União pela rodoviária

Nos bastidores estuda-se uma parceria entre o governo do Estado de Rondônia e a prefeitura de Porto Velho (falo da nova administração) para agilizar a construção de um moderno terminal rodoviário. Na Secretaria de Planejamento do Estado um projeto já está em andamento – inspirado nas rodoviárias de Cuiabá e Rio Branco – e pelo que se sabe o governador até indenizou uma área para a obra na zona Leste.

Do lado do governo do Estado, as coisas vão avançando, enquanto na prefeitura de Porto Velho o novo prefeito Hildon Chaves vai aproveitar a proposta da atual gestão para a utilização das Parcerias Púbico Privadas (PPPs). Os esqueletos estruturais de concreto na área da atual rodoviária serão esquecidos tendo em vista problemas com a falta de regularização do terreno.
Em meio às especulações municipais e estaduais, vejo uma clara omissão da atual mesa diretora de vereadores da capital ante o projeto em andamento.

Até hoje não foi realizada uma única audiência pública para discutir uma obra de tamanha magnitude, local, adequações, etc e etc.

O ano da desgraceira

Num ano que tivemos o impeachment da presidente Dilma Rousseff, escândalos desbaratados pela Polícia Federal com a Operação Lava Jato, a mãe de todas as secas no Nordeste, os efeitos da crise econômica com recorde de desemprego e criminalidade crescentes, a Aids voltando com toda força entre os jovens, e que com a grande tragédia aérea envolvendo a Associação Chapecoense de Futebol em Medelin, é natural que o brasileiro não se sinta confortável para as festividades do Natal e ano Novo. E ante a proximidade de 2017, a desconfiança é que nada mude no ano que vem, e por isso o povo está voltando às ruas para clamar pelo fim da impunidade.

Num ano onde o governo do PMDB já trocou seis ministros em seis meses, a maioria envolvida em maracutaias, e o Congresso Nacional, ao invés de ouvir a voz das ruas, conspirou contra o projeto de iniciativa popular, com mais de dois milhões de assinaturas propondo as dez medidas contra a corrupção, o que se vê é a total insatisfação da Nação com a presença das raposas felpudas que empesteiam o poder, a começar por Renan Calheiros.

A liberação dos cassinos

O que o cara-pálida leitor acharia da implantação de um cassino, nos moldes de Las Vegas (EUA), em Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia, carente de atrações para seu turismo decolar? Ante o projeto em andamento e já em tramitação no Congresso Nacional, uma obra desta natureza – mesmo que seja em menor porte do que a americana – com certeza iria gerar emprego e renda as centenas na Pérola do Mamoré, que clama também para seu progresso, pela construção da ponte binacional no rio Mamoré.

É fato. Mesmo sob forte bombardeio da bancada evangélica, os bingos, o jogo do bicho os cassinos poderão voltar à legalidade. A Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional aprovou, ainda no início do ano, o substitutivo do senador Blairo Maggi (PR-MT) para o projeto de lei de autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI) que legaliza os chamados jogos de azar.
Em todo mundo os cassinos geram bilhões em impostos e milhares de postos de trabalho e conforme o autor da proposta o Brasil está perdendo uma grande oportunidade de alavancar o turismo. O projeto segue em tramitação no Congresso.