Porto Velho/RO, 19 Março 2024 20:42:31

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 25/02/2019 às 09h13min | Atualizado 25/02/2019 às 09h15min

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Volta a expressão caída em desuso após a Constituição de 1988

Idos da arapongagem A insinuação de que o governo Bolsonaro pretenderia espionar o Sínodo da Amazônia trouxe de volta uma expressão..

Idos da arapongagem

A insinuação de que o governo Bolsonaro pretenderia espionar o Sínodo da Amazônia trouxe de volta uma expressão caída em desuso após a Constituição de 1988: arapongagem. Para os nascidos naquela época,  que vivem em espaços urbanos sem jamais ter ouvido o estridente som do pássaro araponga, a ave é tão desconhecida quanto a antiga espionagem calcada na paranoia do inimigo interno, cooptando dedos-duros ou infiltrando agentes secretos em movimentos populares.

A ave, especificamente, figura com destaque na obra Amazônia exótica: Curiosidades da floresta, da biblioteconomista Olímpia Reis Resque. A leitura agradará a quem ama a região ou quer conhecê-la melhor. A arapongagem, na verdade, não tem origem na ave estridente, mas em personagem de uma telenovela de 1990, escrita por Dias Gomes.

Nela, o desastrado agente Catanduva, codinome Araponga, sonha com a volta da polícia política da ditadura o SNI, extinto por não fazer sentido em uma sociedade democrática. Hoje, as redes sociais estão repletas de informações que sequer milhares de agentes secretos seriam capazes de obter com a mesma rapidez. Nenhum Araponga daquela época teria acesso às conversas entre Bolsonaro e Bibianno.

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È guerra!

Com o movimento lojista fraquejando nos últimos anos, os comerciantes da Avenida Sete de Setembro em Porto Velho entraram em guerra com os camelôs que tomaram conta das praças e das calçadas. Na verdade todo mundo padece com os efeitos da crise e da cheia de 2014 e, além disto, os ambulantes até agora não ganharam o prometido camelódromo. Situação dificil de resolver.

Incra omisso

A direção do Incra respondeu a denuncia da Faperon dando conta que quase 30 mil processos de regularização fundiária estão emperrados jogando a responsabilidade da omissão para o Programa Terra Legal. Na verdade a incompetencia deve ser repartida já que nos últimos 10 anos em Rondônia foram emetidos menos de dez mil titulos de propriedade ante uma demanda de mais de 50 mil.

Cargos federais

Os deputados federais derrotados nas eleições de 2018 se arrumam como podem. Luiz Claudio (PR) será secretário da Agricultura na gestão Hildon Chaves (PSDB), Lindomar Garçon (PRB) coordenador de projetos para a captação de recursos em Brasilia, Marinha Raupp (MDB) se abrigou numa assesoria parlamentar no Senado. Nilton Capixaba (PTB)  ainda esta na peleja por uma boquinha.

Barrados no baile

Também na Assembléia Legislativa, os deputados estaduais que foram derrotados, aos poucos vão se arrumando. Já se sabe que Cleiton Roque (Pimenta Bueno), Jesuino Boraib (Porto Velho), Ezequiel Junior (Machadinho) e Só na Bença (Pimenta Bueno) buscam alinhamento com compadres. Quem não conseguir na ALE vai bater nas portas de Hildon e Expedito na prefeitura de Porto Velho.

Ações sociais

Com ações sociais nos bairros, alguns vereadores e deputados da capital vêm se destacando, prestandos serviços grautios a população desde saúde até recreação, como é o caso da à reprentante evangélica Joelna Holder, que neste ano já depachou em bairros da Zona Leste, e seguiu no final de semana no populoso Jardim Santana, carente de beneficios do setor público nas esferas municipal e estadual.

Via Direta

*** Políticos cascudos como Romero Jucá (RR) e Aécio Neves (Minas) teriam faturado mais do que os políticos locais com a construção das usinas hidreléricas de Jirau e Santo Antonio *** Pelo menos é o que foi constatado em tantos processos relacionados a “doações” de campanha nos últimos anos pelas empreiteiras *** Com o carnaval já bombando as atividades políticas começam a se retrair nesta semana *** Os políticos acorrerem as suas bases eleitorais aproveitando as Folias de Momo.  


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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